Foto: divulgação

Em seu primeiro ano de mandato como vereadora de Parintins, a ex-miss Amazonas e ex-rainha do folclore do Boi Caprichoso, Brena Dianná (União Brasil), desponta como forte candidata à assumir o cargo principal na Prefeitura da Ilha Tupinambarana nas eleições de 2024. A parlamentar tem se destacado com a oposição ferrenha ao atual gestor do município, Frank Bi Garcia, também do partido União Brasil, – que não poderá concorrer ao pleito por já cumprir a reeleição.

Se as eleições municipais fossem hoje, a presidente da Comissão da Mulher, da Família e dos Idosos na Câmara Municipal de Parintins, seria eleita a nova Prefeita de Parintins, como aponta a mais recente pesquisa sobre a opinião dos eleitores na disputa pela prefeitura do município do Instituto Perspectiva de Opinião e Mercado. O levantamento foi feito no dia 23 de novembro de 2023.

Na estimulada, a vereadora Brena Dianná aparece com 32,4% das intenções de voto, seguida pelo também vereador Mateus Assayag (22,8%), que conta com o apoio do atual prefeito.

A equipe do portal Amazônia Press entrou em contato com a assessoria da vereadora em busca de sonoras acerca da expectativa para o pleito municipal e sobre a sensação de, mesmo sem campanha política, ver o seu nome na frente nas últimas pesquisas, mas, até o presente momento, ainda não obtivemos quaisquer respostas,

Denúncias

Sem papas na língua, durante a sua gestão, Brena Dianná chegou a acusar o prefeito do município, Frank Bi Garcia, de ostentar uma vida de luxo com dinheiro público. Dianná fez questionamentos sobre gastos públicos de Bi Garcia à frente da Prefeitura de Parintins e cobrou investimentos em educação, saúde e obras, colocando em xeque o patrimônio pessoal do prefeito e as viagens internacionais que Garcia costuma fazer. O salário do prefeito é de R$ 25 mil na folha de pagamento municipal.

As críticas foram tantas que até despertou a revolta da deputada estadual e primeira-dama de Parintins, Mayra Dias (Avante) que, prontamente, resolveu defender o amado das acusações, chamando a vereadora de “falsa moralista”.

Em outra ocasião, a vereadora chegou a solicitar a Instauração de Procedimento Administrativo para apurar possíveis desvios de função na Prefeitura de Parintins. Conforme a vereadora, que levou a denúncia até a tribuna, o caso de um funcionário que nas redes sociais se qualifica como motorista da prefeitura, mas na folha de pagamento está lotado como vigia.

O desvio de função representa um abuso do empregador para com o seu funcionário, possuindo implicações legais.

Muitas vezes, o desvio de finalidade e até mesmo de função na Administração Pública é visto como o melhor aproveitamento do servidor em função diversa da que lhe deve ser atribuída, mas isso configura uma prática irregular, ilegal e fere princípios administrativos basilares, além da possibilidade de o desvio de finalidade e de função acarretar prejuízo ao erário”, relatou a vereadora.

A vereadora decidiu fazer a denúncia com o objetivo de impedir que se torne rotineira possíveis práticas ilegais dentro da Administração Pública no município.

Uma pequena ‘polêmica’

As críticas constantes às falhas na gestão municipal chamaram a atenção da população parintinense. Em sua carreira política, um único momento chegou a gerar certa dúvida aos populares.

No ínicio do ano de 2022, após dois meses de recesso, a vereadora faltou à 1ª sessão do ano na Câmara porque estava na Disney. A ex-miss Amazonas ostentou fotos nos parques, nas redes sociais, na cidade de Orlando (EUA) e logo respondeu às acusações de que teria faltado a solenidade de abertura dos trabalhos da CMP, por conta de uma viagem de lua-de-mel.

A parlamentar sofreu duras críticas mesmo estando respaldada pelo regimento interno da CMP e justificando a ausência, antes do prazo final para prestar esclarecimentos ao Poder Legislativo Municipal.

“Me atingindo de maneira pessoal, num dos momentos mais importantes da minha vida, que foi o meu casamento e minha lua-de-mel, os quais eu tenho direito e estou amparada legalmente. Segundo o próprio Regimento Interno da Câmara dos Vereadores de Parintins para quem não conhece e não teve a decência de verificar, no artigo 20, parágrafo quarto, inciso sétimo, o vereador ou vereadora tem o direito de se licenciar, por motivo de matrimônio, pelo prazo de sete dias, contados a partir do fim do recesso parlamentar e ainda no artigo 136”, disse.

Desejo de mudança

Em entrevista concedida ao programa Amazônia Press Política em 2022 – enquanto concorria a uma das cadeiras de deputada estadual nas eleições -, a vereadora Brena Dianná afirmou o descontentamento de grande parte da população com o cenário político em vários setores.

“As pessoas não gostam de falar de política, mas a política muda a vida das pessoas, ou melhor, era para mudar a vida das pessoas, do coletivo. Enquanto tiverem pessoas que usam a política para benefício próprio, infelizmente a política continuará sendo mal vista e o dinheiro do povo continuará não chegando ao seu destino. Precisamos mudar a política para melhor, não basta apenas querer, mas fazer algo. Votando em pessoas que realmente vale a pena acreditar ou ao menos dar uma oportunidade”, afirmou.

Foto: Francisco Araújo/Amazônia Press

Frisou ainda: “Eu tenho lutado muito pelo povo parintinense na tribuna, quando me candidatei a vereadora imaginei que eu pudesse mudar a realidade da população, mas muita coisa não depende de mim, depende da administração pública, ficamos dependentes de quem faz a coisa acontecer. Precisamos de mais jovens na política”.

Ela aproveitou a oportunidade para pautar sobre a importância da representatividade de mais mulheres na política.

“Por mais que sejamos a maior porcentagem por gênero da população, ainda somos a minoria em outros aspectos. Muitos ainda acreditam que somos menos qualificadas para exercer cargos, profissão, principalmente de liderança. Mas estamos ocupando todos os espaços e provando que somos qualificadas quando nos dão a oportunidade”, defendeu.