Algum tempo atrás, no programa do Jô Soares, assisti um entrevistado, que não me lembro quem, falando sobre a diferença entre a amizade de um cão e de um gato. Ele dizia que o cão é de uma fidelidade extrema e citou inúmeros casos de cães que acompanharam os seus falecidos donos até o cemitério e lá permaneceram até morrerem ao lado da cova do seu amigo sepultado. Falou que mesmo depois de sofrer uma covarde agressão por parte do seu dono, o amoroso cão é incapaz de guardar rancor, se voltando ao agressor, balançando o seu rabinho e com um sorriso latido no focinho.
Quanto ao gato, não tem a menor afeição natural pelo seu dono. Quando com fome, interessadamente, mia, esfregando-se, numa interpretação teatral de carinho e chamego. Quando apaixonado, é capaz de passar dias fora de casa, só voltando machucado e completamente desalinhado. Arrematou, o entrevistado dizendo que quando o seu dono adoece ou morre, o mau caráter felino não se dá por abatido e já arranja outro dono, outra casa.
Assim se parecem algumas ovelhas. Umas são de uma fidelidade inabalável. Suportam correções, admoestações e até cajadadas. Outras, são verdadeiras felinas, se esfregam demonstrando carinho, miam declarando o seu amor, porém, diante da menor contrariedade procuram outra casa para se congregarem.
Como não tenho nenhuma ovelha, todas são do Nosso Senhor, firmo o meu ministério em duas bases pessoais: Primeira Base – O Senhor é o dono das ovelhas e meu patrão. Ele está vendo todas as coisas, tanto o meu comportamento quanto o comportamento das ovelhas/gato.
Segunda Base – As ovelhas/gato fingem que me amam e eu finjo que acredito.
E assim, vou vivendo o ministério que o Senhor a mim confiou, pela sua grande misericórdia e infinita Graça.
EDSON BB DE JESUS
