Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Um processo que ocorre por diversos fatores, sejam atrativos ou repulsivos, a urbanização se trata do aumento proporcional da população urbana em relação à população rural. A urbanização é marcada pela mecanização do campo e pelo processo de industrialização das cidades, que gera mais empregos na área urbana. Diante desse contexto, só ocorre urbanização quando há a saída da população rural do campo rumo às cidades em busca de melhores condições de vida e quando o crescimento da população urbana é superior ao crescimento da população rural.

Até 2050, segundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), 90% das pessoas se concentrarão em grandes centros e a população nacional girará em torno de 200 milhões de pessoas. Isso significa que as aglomerações urbanas devem receber 63 milhões de novos habitantes nos próximos 44 anos. Apesar de o crescimento acontecer em praticamente todo o canto, ocorre de forma bastante desequilibrada. Atualmente, os moradores urbanos se concentram em nove regiões metropolitanas e, segundo o órgão, a urbanização brasileira hoje é de 84,74%.

Somente na segunda metade do século 20, o Brasil tornou-se um país urbano, ou seja, mais de 50% de sua população passou a residir nas cidades. A urbanização brasileira se intensificou a partir da década de 1950 em função de fatores como o êxodo rural, motivado pela modernização do campo e pela maior oferta de trabalho nas cidades, e do processo de industrialização ocorrido a partir de 1956, sendo esta a principal consequência entre uma série de outras, da “política desenvolvimentista” do governo Juscelino Kubitschek.

Em 1970, 56% dos brasileiros moravam em áreas urbanas. Hoje são 80%. Isso significa que as aglomerações urbanas devem receber 63 milhões de novos habitantes nos próximos 44 anos. Apesar de o crescimento acontecer em praticamente todo o canto, ocorre de forma bastante desequilibrada. Atualmente, os moradores urbanos se concentram em nove regiões metropolitanas.

É importante salientar que os processos de industrialização e de urbanização brasileiros estão intimamente ligados, pois as unidades fabris eram instaladas em locais onde houvesse infraestrutura, oferta de mão-de-obra e mercado consumidor. 

A urbanização desordenada, que pega os municípios despreparados para atender às necessidades básicas dos migrantes, causa uma série de problemas sociais e ambientais. Dentre eles se destacam o desemprego, a criminalidade, a favelização e a poluição do ar e da água. Uma das maiores mudanças causadas pela urbanização brasileira foi a inversão da proporção entre a população urbana e a população rural. A urbanização causou o aumento do número de cidades no território brasileiro.

Formada em Arquitetura e Urbanismo, Danielle Passos concedeu uma entrevista ao portal Amazônia Press para explicar um pouco mais sobre esse processo. De acordo com ela, a urbanização do Brasil foi iniciada pelos litorais justamente por conta das exportações, quando iniciou a necessidade de processo de industrialização, a mecanização de maquinas em campo, a expansão de zonas rurais causando a desigualdade social, levando então a péssimas condições de trabalho, então quando se iniciou a transferência de capital do Rio para Brasília.

Foto: divulgação

“Foi quando as fronteiras se expandiram criando grandes centros urbanos, fazendo com que as pessoas de ampla migração fizessem parte desse processo e urbanizando desestruturadamente, criando problemas urbanos que nos quais agravou o cenário dos estados habitacionais nas cidades brasileiras”, comentou.

Complementou ainda: “A desigualdade social traz com ela a violência, decisões de onde construir sem recursos os seus lares resultando assim a poluição e desmatamento das cidades além de não haver sistemas de esgoto e elétricas, causando situações de vida precárias tanto para seus habitantes como para nosso planeta, isso são alguns pontos negativos desse processo urbano. Como as administrações politicas e sociais certas, as pessoas conseguem ter uma melhor educação e acesso a saúde, trazendo uma melhor qualidade vida, e assim podendo proporcionar um ambiente moderno e saudável além de trabalho e uso de suas industrializações, esses são pontos positivos de uma habitação, a solução é uma bom planejamento e liderança”.

Além disso, ela declara que, se for levado em consideração da época de iniciação de cada cidade, cada município deveria desenvolver um planejamento urbano ainda naquela época, porém ressalta que não sabe se existia tanto conhecimento quanto se tem hoje em dia.

“Nos dias atuais criamos o planejamento no qual nos orienta como devemos realizar melhores construções em nossa cidade, são regras estabelecidas para a evolução habitacional que pode ser executada com ordem e padronização, levando em consideração cada Zona, região, local e logradouro de cada cidade, essa livro é chamado de plano diretor, o que até então é para ser considerada em cada etapa de obras, porém infelizmente há uma taxa de habitantes que não o segue, causando então problemas de mobilidade, saneamento, entre outros trazendo estruturas desorganizadas para as cidades’, frisou.

De acordo com a profissional, são enormes os desafios dos municípios na questão da política habitacional, mas que, apesar disso, as alternativas não precisam ser inúmeras e sim a analisadas.

“Depende de cada ponto crítica habitacional, se em cada ponto da cidade há situações diversificadas para serem reparadas, então cada situação precisa ser resolvida de acordo com programa de necessidade existente no local, por isso uma boa equipe de liderança precisa estar a frente para que tudo possa ser resolvido não para o agora, mas a longo prazo! Não soluções barateadas para durar o agora, um boa estratégia e bons materiais resultam em qualidade e durabilidade”, disse.