Edson  e  Lenir – Igreja Batista Bíblica de de Flores – Uma Igreja de Poder !!! – MANAUS – AM

Todos os anos vivemos o fenômeno das cheias e vazantes. Todos os anos, de janeiro a junho, as águas sobem e a partir de agosto elas começam a baixar. Para os amazonenses isto é apenas uma temporada. Para nós, que viemos de outros estados, que acolhemos e fomos acolhidos pelo amazonas, este fenômeno é fenomenal, por mais redundante que pareça.

É quase inacreditável, quase lenda, vermos lugares que antes eram campos de futebol, pastos, plantações de malva, sendo praticamente engolido pela imensidão deste rio mar. De onde vem tanta água, a ponto de subir vinte e tantos metros? Não temos a menor dimensão da grandiosidade, da maravilha que representa este ciclo, este fenômeno.

Claro que sentimos muito e nos solidarizamos com as pessoas diretamente atingidas pela enchente recorde. Mas ser lançado em rede nacional como uma tragédia, como um desastre, é, no mínimo uma injustiça com a natureza que é tão complacente, tão generosa e tão paciente.

Muitos aproveitaram a ocasião para murmurar. Outros preferiram procurar culpados e ninguém ficou impune diante desta turma. Cadê o Negão ? Cadê as suas promessas de campanha? O Omar? Pensei que ele fosse diferente. Mas é igualzinho ao seu guru. Onde estão os vereadores, que não estão aqui alagados com a gente? Outros preferiram culpar Dilma. Só faltou alguém dizer que desviaram o curso da “Cachoeira”.

Muitos se organizaram em protestos. Queimaram pneus, fecharam pontes, fecharam avenidas na hora mais crítica do trânsito, que é quando as pessoas estão voltando para casa, depois de um dia exaustivo de trabalho, e foram ouvidos: ganharam tábuas, ganharam seiscentos reais e nem por isso as águas baixaram.

Claro que sou radicalmente a favor de manifestações reivindicatórias, mas elas precisam ter: bom senso, organização e inteligência. E estas manifestações estavam longe de representar os anseios da maioria, que de modo desesperador, via a subida da água, centímetro a centímetro, não na régua do Porto de Manaus, mas aflorando no assoalho de suas casas.

Deus não fez nada errado. Alguma coisa podemos extrair das cheias e vazantes. Indo para a história, sem querer me aprofundar, já que não é um artigo científico, podemos notar que o mesmo fenômeno da natureza ocorria no Egito, nos tempos bíblicos, quando as margens do rio Nilo eram utilizadas para a agricultura, depois da cheia, pois isto tornava o solo fértil, rico em nutrientes, garantindo uma boa colheita e fazendo do Egito uma potência mundial, na sua época.

A Bíblia nos ensina que em tudo devemos dar graças e temos motivos de sobra para isto. Pior seria se morássemos no sertão baiano e tivéssemos que andar dez quilômetros para buscar água. Eu disse água? É, eles buscam uma coisa enlameada, que depois de coada vai servir para beber, cozinhar e fazer as demais coisas de uma casa. Mesmo assim, agradecem a Deus pela dádiva.

OBRIGADO SENHOR PELA CHEIA RECORDE.