SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Duas adolescentes da América do Sul foram esfaqueadas durante um ataque na estação Grand Central, em Manhattan, no centro de Nova York, na manhã desta segunda-feira (25) de Natal.

A informação foi compartilhada na manhã desta terça-feira (26) pela Agência Metropolitana de Transportes com jornais locais.

O país ou os países de origem das adolescentes de 14 e 16 anos não foi detalhado. Segundo informações do jornal New York Post, as vítimas pareciam ter sido escolhidas de maneira aleatória, mas o agressor, no momento do ato, teria tido que queria “todos os brancos mortos”.

O homem foi identificado como Steven Hutcherson, 36, e foi detido, segundo os relatos, menos de um minuto após esfaquear as jovens, que estavam em um restaurante na área gastronômica do local com suas famílias.

A agência de transporte as identificou como turistas que visitavam os Estados Unidos neste final de ano, mas não forneceu mais detalhes.

Elas teriam sido levadas para o hospital público Bellevue e não teriam tido ferimentos graves no ataque. Hutcherso, o agressor, tem extensa ficha criminal. Ele agora foi acusado de homicídio, agressão, porte criminoso de arma e risco ao bem-estar de uma criança (devido à jovem de 14 anos), segundo as autoridades de segurança.

A jovem de 16 anos foi atingida nas costas, e a faca perfurou seus pulmões. A outra, de 14 anos, sofreu ferimentos em uma das pernas. O caso ocorreu na unidade do café e bar Tartinery no terminal.

Ele teria discutido com funcionários do local por ter sido proibido de sentar no espaço e questionado a razão para que as adolescentes tivessem permissão. Na sequência, o agressor disse a frase de cunho supremacista. Não foram dados detalhes como a raça do homem.

O agressor tem 17 prisões anteriores em sua ficha criminal, ainda de acordo com fontes policiais ouvidas pelo New York Post. Ele foi descrito por agentes que o conhecem como uma pessoa com possíveis transtornos mentais e que já confrontou a polícia mais de uma vez.

Sua última prisão ocorreu em 7 de novembro passado por ter ameaçado atirar em um desconhecido no Bronx. Ele teria dito no momento da ameaça, de acordo com a queixa criminal: “Eu vou atirar em você. Não me importa que tipo de green card o governo te deu”.

Green card é o nome dado à permissão para morar e trabalhar nos EUA por dez anos. O documento pode ser renovado e abre caminho para pleitear a cidadania americana. Assim, a fala indica um possível teor discriminatório com migrantes por parte de Hutcherso.

Ele se declarou culpado de agressão em terceiro grau um mês após o caso, na primeira quinzena de dezembro, e foi liberado. Antes, em outubro, foi preso por porte de arma e condenado a 15 dias na prisão.

Um policial criticou ao New York Post a atuação de promotores e juízes nos casos de Hutcherson, dizendo que deixá-lo em liberdade coloca as pessoas em risco, como ocorreu na segunda-feira de Natal.