Com nota 14 num indicador que vai de 0 a 100, o país piorou um ponto e uma posição em relação ao levantamento de 2020, e terminou em 177º lugar entre os 180 países e territórios avaliados. O desempenho da ditadura de Nicolás Maduro foi o pior das Américas e mundialmente só superou os de Somália, Síria e Sudão do Sul.
O IPC é produzido pela Transparência Internacional desde 1995: quanto maior a nota no indicador, maior é a percepção de integridade do país. Em 2021, o índice destacou a relação entre corrupção e abuso de direitos humanos.
“Como mostra o relatório deste ano, países percebidos como altamente corruptos têm maior probabilidade de reduzir seu espaço cívico e democrático e atacar direitos da população”, apontou a Transparência Internacional.
A entidade destacou que a Venezuela recebeu uma das pontuações mais baixas do mundo porque “a corrupção generalizada levou a graves violações dos direitos sociais, inclusive no acesso à educação, saúde e alimentação”.
“O sistema judicial tornou-se um instrumento de repressão contra dissidentes e críticos. Nos últimos anos, houve um aumento de presos políticos, prisões arbitrárias e restrições às liberdades fundamentais”, argumentou a Transparência Internacional.
“O bloqueio do acesso à informação pública, a falta de responsabilização dos órgãos estatais e a ausência de um sistema de Justiça independente criam um ambiente em que as violações dos direitos humanos passam despercebidas e impunes”, acrescentou.
Com 20 pontos, Nicarágua e Haiti empataram na 164ª posição mundialmente e foram os piores das Américas depois da Venezuela, mas em momentos diferentes. Enquanto o Haiti somou dois pontos a mais em relação a 2020 e subiu seis posições, a Nicarágua vem em baixa, já que no ano retrasado havia obtido 22 pontos e ficado em 159º lugar.
“A Nicarágua perdeu nove pontos nos últimos dez anos, estabelecendo-se como a terceira ditadura da região por meio de um processo eleitoral ilegítimo, abusos sistemáticos dos direitos humanos e uma concentração absoluta de poder nas mãos de Daniel Ortega (ditador do país) e Rosario Murillo (vice-presidente e esposa de Ortega). Hoje, a Nicarágua carece da transparência e dos controles do poder Executivo necessários para controlar a corrupção”, salientou o relatório.
Em 115º lugar, com 34 pontos, El Salvador foi apontado como o país das Américas a ser observado este ano. “Em 2022, El Salvador pode se estabelecer como uma ditadura se as autoridades continuarem a minar a democracia, assediar críticos e restringir direitos civis e políticos”, justificou a Transparência Internacional.
Pobreza
Segundo projeções do FMI, o país de 28 milhões de habitantes, com uma das maiores reservas petrolíferas do mundo, terminou 2021 com a menor renda per capita da região: US$ 1.627 – atrás do Haiti, com US$ 1.690. Dez anos atrás, a renda per capita do país era de US$ 12,1 mil.
Venezuelanos e analistas econômicos não veem a notícia com surpresa. Para Erik de Bufalo, professor da Universidade Simón Bolívar, a posição da Venezuela é reflexo da política econômica chavista. “Para um país que já teve a terceira maior economia da região, essa situação é lamentável. Mas não é uma surpresa, porque o modelo de exploração chavista tem levado a isso”. Em sete anos, o PIB do país caiu 81,8%.
Estagnação nas Américas
Apesar de Venezuela, Haiti e Nicarágua apresentarem os números mais preocupantes, a organização alertou que as Américas em geral ficaram estagnadas no combate à corrupção em 2021. A pontuação média dos países da região ficou em 43 pontos pelo terceiro ano consecutivo.
“Apesar da extensa legislação e do compromisso regional de controlar esse flagelo, a corrupção nas Américas continua a minar a democracia e os direitos humanos”, concluiu a Transparência Internacional, ao enfatizar que 22 países da região não obtiveram mudanças estatisticamente significativas em seus níveis de corrupção. “Nos últimos dez anos, apenas a Guiana (pontuação no IPC: 39) e o Paraguai (30) conseguiram melhorias notáveis”, lamentou.
Com informações via Gazeta do Povo e Correio Braziliense
Mundo – A Venezuela aparece como um dos quatro países mais corruptos do mundo no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2021, divulgado pela organização Transparência Internacional.
Com nota 14 num indicador que vai de 0 a 100, o país piorou um ponto e uma posição em relação ao levantamento de 2020, e terminou em 177º lugar entre os 180 países e territórios avaliados. O desempenho da ditadura de Nicolás Maduro foi o pior das Américas e mundialmente só superou os de Somália, Síria e Sudão do Sul.
O IPC é produzido pela Transparência Internacional desde 1995: quanto maior a nota no indicador, maior é a percepção de integridade do país. Em 2021, o índice destacou a relação entre corrupção e abuso de direitos humanos.
“Como mostra o relatório deste ano, países percebidos como altamente corruptos têm maior probabilidade de reduzir seu espaço cívico e democrático e atacar direitos da população”, apontou a Transparência Internacional.
A entidade destacou que a Venezuela recebeu uma das pontuações mais baixas do mundo porque “a corrupção generalizada levou a graves violações dos direitos sociais, inclusive no acesso à educação, saúde e alimentação”.
“O sistema judicial tornou-se um instrumento de repressão contra dissidentes e críticos. Nos últimos anos, houve um aumento de presos políticos, prisões arbitrárias e restrições às liberdades fundamentais”, argumentou a Transparência Internacional.
“O bloqueio do acesso à informação pública, a falta de responsabilização dos órgãos estatais e a ausência de um sistema de Justiça independente criam um ambiente em que as violações dos direitos humanos passam despercebidas e impunes”, acrescentou.
Com 20 pontos, Nicarágua e Haiti empataram na 164ª posição mundialmente e foram os piores das Américas depois da Venezuela, mas em momentos diferentes. Enquanto o Haiti somou dois pontos a mais em relação a 2020 e subiu seis posições, a Nicarágua vem em baixa, já que no ano retrasado havia obtido 22 pontos e ficado em 159º lugar.
“A Nicarágua perdeu nove pontos nos últimos dez anos, estabelecendo-se como a terceira ditadura da região por meio de um processo eleitoral ilegítimo, abusos sistemáticos dos direitos humanos e uma concentração absoluta de poder nas mãos de Daniel Ortega (ditador do país) e Rosario Murillo (vice-presidente e esposa de Ortega). Hoje, a Nicarágua carece da transparência e dos controles do poder Executivo necessários para controlar a corrupção”, salientou o relatório.
Em 115º lugar, com 34 pontos, El Salvador foi apontado como o país das Américas a ser observado este ano. “Em 2022, El Salvador pode se estabelecer como uma ditadura se as autoridades continuarem a minar a democracia, assediar críticos e restringir direitos civis e políticos”, justificou a Transparência Internacional.
Pobreza
Segundo projeções do FMI, o país de 28 milhões de habitantes, com uma das maiores reservas petrolíferas do mundo, terminou 2021 com a menor renda per capita da região: US$ 1.627 – atrás do Haiti, com US$ 1.690. Dez anos atrás, a renda per capita do país era de US$ 12,1 mil.
Venezuelanos e analistas econômicos não veem a notícia com surpresa. Para Erik de Bufalo, professor da Universidade Simón Bolívar, a posição da Venezuela é reflexo da política econômica chavista. “Para um país que já teve a terceira maior economia da região, essa situação é lamentável. Mas não é uma surpresa, porque o modelo de exploração chavista tem levado a isso”. Em sete anos, o PIB do país caiu 81,8%.
Estagnação nas Américas
Apesar de Venezuela, Haiti e Nicarágua apresentarem os números mais preocupantes, a organização alertou que as Américas em geral ficaram estagnadas no combate à corrupção em 2021. A pontuação média dos países da região ficou em 43 pontos pelo terceiro ano consecutivo.
“Apesar da extensa legislação e do compromisso regional de controlar esse flagelo, a corrupção nas Américas continua a minar a democracia e os direitos humanos”, concluiu a Transparência Internacional, ao enfatizar que 22 países da região não obtiveram mudanças estatisticamente significativas em seus níveis de corrupção. “Nos últimos dez anos, apenas a Guiana (pontuação no IPC: 39) e o Paraguai (30) conseguiram melhorias notáveis”, lamentou.
Com informações via Gazeta do Povo e Correio Braziliense