O único preso sobrevivente do ataque à viatura da Polícia Civil, Patrick Regis de Sena, de 28 anos, foi um dos participantes do massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em janeiro de 2017.
Durante a rebelião do Compaj, Patrick estava dentro do presídio e foi um dos principais acusados de participar da execução de 56 detentos durante o massacre. Em sua ficha criminal, ele possuía três mandados de prisão: um por roubo e dois referentes ao massacre do Compaj, de homicídio qualificado e vilipêndio de cadáver.
No dia 18 de março de 2019, o criminoso foi preso pela participação nas execuções, após denúncias informarem o paradeiro dele, na residência onde morava, no Beco da Paz, do bairro da Compensa, na zona Centro-Oeste da capital. No local, ele estaria ameaçando desafetos do bairro usando uma pistola.
Ao fazer a prisão na casa de Patrick, a polícia encontrou também a esposa Ingrid Sarah Cardoso de Lima, de 27 anos, com 24 trouxinhas de oxi e 22 trouxinhas de cocaína. O casal foi levado à delegacia e flagranteado por tráfico e associação para o tráfico.
Estado de saúde de Patrick
Patrick foi o único sobrevivente do fuzilamento na viatura da PC-AM. Ele foi atingido com dois tiros no braço e dois tiros no abdômen e está em unidade hospitalar da zona Leste de Manaus, com uma guarda policial o acompanhando diretamente. O estado de saúde dele é considerado grave.
Além dele, estavam na viatura Matheus Danilo Barros Dias, o “Percata”, de 24 anos, e Antônio Marlon Silva dos Santos, 48, que morreram no fuzilamento.
O trio foi preso quando estava em um beco para executar integrantes do CV. Como forma de resposta, a facção rival fez uma emboscada contra a viatura da Polícia Civil no momento em que eles estavam saindo do Fórum Ministro Henoch da Silva Reis, na avenida Paraíba, no bairro São Francisco, zona sul, após audiência de custódia.