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A varejista Shein ainda tem vantagem de preço sobre suas rivais que atuam no Brasil, mas essa diferença caiu nos últimos meses, quando a chinesa ampliou a confecção de roupas no país, mostra relatório do BTG Pactual.

O banco também calculou que os itens vendidos no Brasil estão entre os mais caros do mundo, atrás apenas do México.

Quando é levada em conta a paridade do poder de compra, que considera o poder aquisitivo da população com o custo de vida local, as roupas da varejista por aqui são as mais caras do mundo.

EM NÚMEROS

A cesta de oito produtos (vestido, jeans, jaqueta, saia, suéter, camiseta, botas e bolsa) vendida no Brasil sai por US$ 156 (R$ 788), enquanto no México ela custa US$ 167.

No poder de compra da população, o custo sobe para US$ 311 (R$ 1.571). Foram analisados os preços da Shein em 15 países.
Em relação às concorrentes, a chinesa tem preços 26% mais baratos que os da Renner, 22% inferiores aos da Riachuelo e 17% mais em conta que os da C&A.

A diferença, porém, era maior em abril, quando chegava a 68% em relação à Renner, por exemplo.

O QUE EXPLICA

No mês passado, a Shein aderiu ao Remessa Conforme, programa do governo que regulamenta as compras internacionais.

Para compras de até US$ 50, o imposto de importação por enquanto é zerado, mas há a incidência de 17% de ICMS -tributo que a Shein subsidia aos consumidores.

A empresa também está em processo de nacionalizar cada vez mais sua produção, e vai investir R$ 750 milhões em três anos para ter 2.000 fábricas no país conectadas ao seu algoritmo.

Até agora, a plataforma contratou mais de 330 confecções nacionais, mas diz perceber uma dificuldade delas em se adaptarem ao prazo de produção cobrado pela varejista.

Ela lançou nesta quinta-feira (19) três novas categorias de roupas brasileiras: plus size, lingerie e fitness.

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