O presidente Jair Bolsonaro, foi impedido de assistir ao jogo entre Santos e Grêmio, na Vila Belmiro, pelo Campeonato Brasileiro, no domingo (10). O mandatário revelou que o fato de não estar vacinado contra a covid-19 seria o motivo de não poder entrar no estádio.
“Por que passaporte da vacina? Eu queria ver o jogo do Santos agora e falaram que tinha que estar vacinado. Pra que isso? Eu tenho mais anticorpos do que quem tomou vacina”, queixou-se durante uma live exibida em seu Facebook.
O Santos FC diz que não foi procurado pela equipe do presidente. O clube diz que obedece protocolos da CBF, que, por sua vez, segue as normas sanitárias da Anvisa.
Desde o dia 4 de outubro foi permitida a volta do público aos estádios de São Paulo, de acordo as seguintes regras: a ocupação deve ser de 30% de cada setor dos estádios; de 15 de outubro em diante, a ocupação poderá ser de 50%; já em 1º de novembro, a expectativa é que os jogos estejam com ocupação completa de torcedores nos estádios paulistas.
Quem estiver vacinado apenas com a primeira dose pode ir aos estádios, desde que apresentasse um teste antígeno contra a doença com a realização nas últimas 24 horas, ou o teste RT-PCR feito em até 48 horas.
Veja video:
Cartão de vacinação sob sigilo
O Palácio do Planalto decretou sigilo de até cem anos ao cartão de vacinação do presidente Jair Bolsonaro, sob argumento de que os dados “dizem respeito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem” do presidente. Em setembro passado, Bolsonaro participou da 76ª Assembleia Geral da ONU e declarou que não se vacinou.
O comprovante de vacinação completo é obrigatório para acessar ao estádio. Apenas 30% da capacidade será disponível para os torcedores assistirem a partida entre os dois times da série A.
Em outras ocasiões, o presidente Bolsonaro já havia criticado o passaporte da vacinação e, no início deste mês, disse que se depender do governo federal, o país não adotará a medida. “Quero dizer que naquilo que depender do governo federal, nós não temos passaporte da covid. Nunca apoiamos medidas restritivas. Sempre estivemos ao lado da liberdade, do direito de ir e vir, do direito ao trabalho e da liberdade religiosa”, alegou.
A ausência de normas em nível nacional, segundo especialistas, propicia um cenário de instabilidade e incita a judicialização do tema já que é crescente o número de municípios que adotam o passaporte da vacinação.
Foto: Divulgação