Em mais um dos infinitos episódios de falta de empatia e humanidade, o prefeito de Manacapuru Beto D’Ângelo, achou necessário exonerar todos os colaboradores da saúde do extinto HCM – Hospital De Campanha, que faziam a linha de frente no pico da pandemia da Covid 19.
Como se não fosse o bastante somente fechar o hospital de campanha, o chefe do executivo municipal, sem mais e nem menos colocou todos esses profissionais, no olho da rua, sem qual justificativa ou aviso prévio.
Vale relembrar que em uma live feita no último dia 3 de novembro, Beto alega e até comemora, segundo ele, que o município de Manacapuru não registra mais casos de covid, mas a equipe contraria os relatos do prefeito.
Mediante aos fatos, existem fortes indícios de que o prefeito em represália, teria exonerado esses profissionais por terem repreendido suas alegações na live.
Os profissionais alegam ainda que foram lesados em um repasse de abono salarial por insalubridade cedido pelo Governo do Amazonas, segundo denuncia o abono salarial que deveria ser pago por meio da prefeitura de Manacapuru nunca chegou a ser repassado pelo prefeito.
O abono equivale a um vencimento básico da Lei Nº 3.469, que institui o plano de cargos, carreiras e remuneração dos servidores do quadro de pessoal permanente do Sistema Estadual de Saúde. Será dividido em duas parcelas para os estatutários; e para os temporários será o equivalente a um vencimento básico inicial da carreira, que lhe é correspondente.
A medida foi acordada na terceira reunião ordinária da Mesa Estadual de Negociação Permanente do SUS no Amazonas (MENPS-AM), realizada no último dia 18 de março ainda deste ano, na Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM)
Em entrevista exclusiva ao Portal Amazônia Press, uma testemunha falou sobre os descasos que os colaboradores vem sofrendo na gestão do Prefeito Beto D’Ângelo;
“Eles deram a cara a tapa, eles foram jogados na rua, não teve aviso prévio e nem nada, eles ligam a pessoa é chamada e quando chega lá é demitido. Foram demitidos 27 funcionários e ainda estão demitindo. E aí no tempo do hospital de campanha, o governo enviou os 40% de salubridade, esse dinheiro foi dado para os trabalhadores, mas esse dinheiro nunca apareceu”.
“Isso é uma falta de respeito, você assina uma carta e fica por isso mesmo, existem mães de famílias que estão passando fome”, relatou uma funcionária demitida, que preferiu não se identificar.
Em nota publicada nas redes sociais, a Secretaria Municipal de Saúde de Manacapuru, tentou justificar:
De acordo com a Fundação de Vigilância em saúde Dra Rosimery Costa Pinto, os dados contrariamas falas do prefeito. dados da FVS, mostram que até o dia 3/11, 1 caso foi registrado e outros sete encaminhados para a capital, como já havíamos mostrado em outra reportagem.
Tentamos contato com a Ascom da prefeitura de Manacapuru, via ligação e através de mensagem instantânea, mas não fomos atendidos ou respondidos.
Foto: Prefeito Beto D’Ângelo / Reprodução Facebook