Um vídeo que está circulando nas redes sociais nesta semana evidencia os maiores problemas do Hospital e Pronto-Socorro (HPS) 28 de Agosto e o caos que a saúde pública do Amazonas vive no governo Wilson Lima (UB). “Meu pai está sendo maltratado aqui neste hospital”, diz a mulher que narra as imagens.
Conforme o vídeo gravado pela filha de um dos pacientes, ambos de identidades não divulgadas, as pessoas internadas ficam no calor e não são tratados com dignidade.“Gente, estou aqui no Hospital 28 de Agosto com meu pai, ele está muito debilitado, foi internado ontem aqui no 28, mas não tem um ar-condicionado, está quente, quente, quente, meu pai está sendo maltratado aqui neste hospital”, disse.
Ver essa foto no Instagram
No início do mês, a unidade de saúde sofreu um ‘apagão’ que durou mais de três horas, no dia 3 de outubro deste ano, deixando os pacientes no escuro. Na época, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) afirmou em nota que o ‘apagão’ aconteceu por conta de um rompimento de uma tubulação da rede de distribuição de água que danificou as instalações elétricas subterrâneas do Hospital.
Atualmente, o hospital funciona com salas sem ar-condicionado, e convive com falta de lençóis de papel para macas, fios de sutura e materiais ortopédicos, além de falhas na qualidade das refeições que são servidas aos pacientes.
A falta de insumos na unidade de saúde levou o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), por meio da 58ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa dos Direitos Humanos à Saúde Pública (PRODHSP), a instaurar um procedimento administrativo para acompanhar as condições do 28 de Agosto.
Segundo o MPAM, o procedimento administrativo servirá para garantir o cumprimento dos direitos sociais, e “destaca a importância do acesso igualitário a ações e serviços de saúde, conforme previsto no artigo 196 da Constituição Federal”.
Enquanto isso, o governo do Amazonas segue em silêncio e não anuncia melhorias para a saúde pública. A equipe de reportagem do portal Amazônia Press tentou contato com a assessoria de comunicação, mas até a publicação desta matéria, não obtivemos retorno.