O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), deferiu nesta segunda-feira,15, pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para que a Polícia Federal investigue a eventual responsabilidade do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Mas o secretário de Saúde de Manaus diz que ministro não foi omisso.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, não foi omisso e não deve ser responsabilizado pelo colapso na saúde do Amazonas, avalia o secretário de Saúde do estado, Marcellus Campêlo. Segundo ele, o ministro atuou “imediatamente” após tomar conhecimento da crise para distribuição de oxigênio.

Na decisão, o ministro Pazuello, autorizou depoimentos de funcionários do Ministério da Saúde e de secretarias de Saúde do Amazonas e de Manaus; acesso a e-mails; a informações sobre fornecimento e transporte de oxigênio; a informações sobre gastos com distribuição de medicamentos para tratamento precoce e que não têm eficácia comprovada contra a Covid-19.

Segundo Campêlo, o Ministério da Saúde já enviou duas remessas de cargas de oxigênio para o Amazonas e fará a terceira nos próximos dias. “O consumo tem caído, os números têm caído na última semana. A nossa taxa de contaminação no pico dessa crise saiu de 1,3 e está abaixo de 1, o que mostra que os efeitos do decreto de restrição implementado há 15 dias surtiu efeito.”

Até agora, só o ministro Pazuello foi ouvido na investigação. Ele negou omissão do governo na crise sanitária no Amazonas. No último dia 11, durante audiência no Senado, Pazuello afirmou que não houve relato de falta de oxigênio no início de janeiro em Manaus.

Foto: Pedro França / Senado