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A seca na região amazônica tem afetado a logística de exportação de grãos nos portos do Norte do Brasil. Em razão disso, algumas empresas estão optando por desviar suas cargas para os terminais do Sul e Sudeste, a fim de evitar atrasos nos embarques.

O diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes, afirmou que esse movimento de desvio de cargas não é amplo, mas algumas empresas têm optado pelo porto de Santos, em São Paulo, como alternativa. Ele ressaltou que esse desvio de cargas não é generalizado e que apenas as empresas que veem algum risco em seus embarques estão adotando essa estratégia.

Após o desvio de cargas ser adotado por algumas empresas, a Anec reduziu em cerca de 900 mil toneladas a previsão de embarques de soja e milho para o mês de outubro. Isso evidencia o impacto que a seca na região amazônica tem tido na logística de exportação de grãos.

Apesar do desvio de cargas, é válido ressaltar que os portos do Arco Norte têm ganhado importância nos últimos anos. De janeiro a agosto, 44% das exportações de milho do Brasil saíram desses portos, enquanto o Porto de Santos concentrou 31% dos embarques. Isso mostra que, apesar dos possíveis problemas causados pela seca, os portos do Norte ainda têm grande relevância na exportação de grãos.

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