Foto: Divulgação

A seca de 2023 no Amazonas já é a maior da história do Estado. A nova medição do Rio Negro, realizada na manhã desta segunda-feira (16), indica que as águas baixaram 10 cm nas últimas 24 horas, chegando a 13,59 metros.

No último domingo, o afluente chegou a diminuir mais 9 centímetros, chegando a medir 13,69 metros. No entanto, havia a possibilidade do recorde não ser batido em decorrência da chuva que caiu em Manaus ainda no domingo.

Com os 13,69 metros contabilizados até ontem (15), a estiagem já era considerada a terceira maior que se tinha conhecimento. A cota também já superou a seca de 1963, momento em que o rio chegou a 13, 64 metros e a rápida decida no curto período de tempo traz masi preocupação às autoridades.

Quatro municípios localizados na calha do rio Negro ainda estão em situação de emergência. São eles: São Gabriel da Cachoeira, Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro e a capital do Amazonas, Manaus. Em Novo Airão, onde a seca já é a maior da história, o status é de “alerta”. Segundo o Governo do Amazonas, mais de 112 mil famílias estão sendo diretamente afetadas pela estiagem severa que atinge o estado. O número de pessoas afetadas ultrapassa 450 mil.

No caso de Manaus, onde vivem mais de dois milhões de pessoas, os cenários mais preocupantes são na zona rural. Há comunidades parcialmente isoladas com a seca do rio Negro, dificultando o transporte de pessoas e de cargas, desde água potável até alimentos. 

No município de Rio Preto da Eva, a prefeitura anunciou o racionamento no fornecimento de água que começou ainda na semana passada. O Rio Miriti, uma das principais fontes de captação, está com o nível baixo. As bombas que levam o líquido às casas estão sendo desligadas durante a noite para que os reservatórios consigam se recuperar.

A seca no rio Negro costuma ir até o fim de outubro, com a chegada do inverno amazônico em novembro.