A saúde bucal na primeira infância ocupou o centro dos debates na webconferência “Diálogos na Atenção Primária à Saúde”, evento promovido pela Prefeitura de Manaus, nesta quarta-feira, 15/6. A ação faz parte da programação da campanha “Julho Laranja”, mês dedicado à sensibilização sobre a má oclusão (alinhamento anormal dos dentes) em crianças.
O tema foi desenvolvido pelas cirurgiãs-dentistas Andrea Gomes, Rebecca Rosas, gerente e técnica da Gerência de Saúde Bucal da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), respectivamente, e por Vanessa Caliri, que atua no Centro de Especialidades Odontológicas Professor Jair Machado Santos da Rocha (CEO Leste).
Utilizando uma linguagem simples e com apoio de ilustrações, Vanessa Caliri ressaltou que a respiração bucal é um dos principais causadores das alterações no formato das arcadas dentárias e mostrou como o cirurgião-dentista pode identificar essa condição para iniciar o tratamento e impedir que a criança desenvolva má oclusão. Ela também mostrou como o uso da chupeta por ser prejudicial à arcada dentária.
“O uso prolongado de chupeta pode prejudicar a dentição, a fala e resultar em outros agravos, por isso além do ortodontista, muitas situações demandam que o acompanhamento seja feito por uma equipe multidisciplinar formada por psicólogos e fonoaudiólogos. Daí a necessidade de eliminar de forma precoce o uso da chupeta, mas não de modo brusco, e sim de maneira gradual, sempre mostrando para a criança que esse hábito vai prejudicá-la no futuro”, assinalou.
Andrea Gomes reforçou que o cuidado principal para evitar que a má oclusão afete a qualidade de vida do paciente é levar a criança ao profissional dentista periodicamente, porque uma vez detectada precocemente, essa condição pode ser trabalhada evitando o agravamento do quadro.
“A ida periódica ao dentista é um fator fundamental, para evitar uma série de problemas. Ao levar a criança ao dentista, estamos contribuindo para que ela assimile que a saúde bucal faz parte dos cuidados do corpo e passa a adotar hábitos saudáveis”, acentuou.
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Texto – Tânia Brandão / Semsa