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O cenário de corrupção que assola as entranhas da segurança pública do Rio de Janeiro ganha mais um capítulo estarrecedor. Segundo informações contidas no Relatório da Polícia Federal sobre o caso de Marielle Franco, o delegado e ex-chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, estaria envolvido em um esquema de recebimento de “mesada” para obstruir investigações de homicídios na Delegacia de Homicídios do estado.

De acordo com o depoimento do miliciano Orlando Curicica, há uma trama de pagamento de propinas que variavam entre R$ 60 mil e R$ 80 mil, chegando a picos de até R$ 300 mil em determinados casos. Esses pagamentos seriam destinados a Rivaldo Barbosa, que teria o objetivo de garantir a impunidade e obstruir as investigações de crimes, especialmente quando deixavam provas e rastros.

O Relatório da PF revela a existência de uma “tabela” que definia o valor dos pagamentos de contravenção, com cada delegacia tendo direito a uma quantia pré-determinada. Segundo as investigações, essa relação obscura entre a Delegacia de Homicídios e a contravenção seria uma forma de encobrir a verdadeira autoria e motivação dos crimes de homicídios vinculados à contravenção.

As denúncias apontam para um acordo que garantia a impunidade e a continuidade da dinâmica criminosa, deixando a polícia inerte diante dos casos. Essas revelações lançam luz sobre a complexa teia de corrupção que permeia as instituições de segurança no Rio de Janeiro, gerando indignação e exigindo uma resposta firme das autoridades competentes.

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