Os familiares de mais uma vítima da negligência e do descaso médico por parte da rede hospitalar Hapvida NotreDame Intermédica estão lutando para que a Justiça seja feita. A pequena Sarah Cardoso Benathar Facury, que tinha cerca de 1 ano de idade, deu entrada no Hospital no dia 02/06/2023 para fazer uma reconstrução intestinal mas, devido a uma série de negligências médicas, adquiriu várias bactérias e fungos hospitalares. Após uma luta incessante, a criança não resistiu e veio a óbito no dia 30/06/2023.

De acordo com a família, as contaminações foram confirmadas pela própria equipe médica. Considerado o pior plano de saúde do país, com mais de 50 mil reclamações no site Reclame Aqui, os casos de negligência, de procedimentos indevidos, omissão, além de uma conduta desrespeitosa, insensível e falha de serviço médico se espalham por todo o país. Mãe de Sarah Facury, Jessica Cardoso também apoia um abaixo assinado de aprova a exoneração de todos os profissionais envolvidos em casos de negligência no Hospital Hapvida.

“Falta de empatia e cuidados dos profissionais, sem a mínima estrutura hospitalar adequada, onde falta remédio, equipamentos, materiais cirúrgicos, demora na autorização de cirurgia e outros. Sei que muita gente usa o plano, pois é ‘benefício’ da empresa onde trabalha, mas o quanto pudermos alertar sobre o serviço prestado por essa unidade hospitalar, nós vamos alertar! Tudo mudou desde o terrível dia em que tive que dizer adeus para a minha filha para sempre. A saudade não tem parado de crescer. Ela deixou um imenso vazio em nossas vidas e em nossos corações. Depois da sua partida, a nossa vida nunca mais foi a mesma. A Sarah sempre estará viva em nossas lembranças, sempre fará parte de nossas vidas nas grandes e pequenas recordações”, declarou em post nas redes sociais.

O abaixo-assinado, que tem como meta de 1.500 assinaturas e já possui 1.230, solicita a exoneração de todos os profissionais envolvidos direta e indiretamente com base no Código de Ética Médica, resolução CFM Nº22 17 DE 27/ 09/2018 e cassação do registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) dos médicos envolvidos.

“Uma vez que, um profissional de medicina lida diariamente com a vida e saúde de seres humanos, logo, sua conduta deve seguir o máximo de rigor, responsabilidade e atenção, de modo a preservar o bem-estar dos pacientes. Além disso, é importante atentar que atos de negligência médica podem gerar sérias consequências nas esferas ética, civil e criminal. Logo, a Negligência médica é caracterizada pela conduta omissa ou pela falta de precaução do profissional, na qual ele expõe o paciente a riscos desnecessários”, diz o abaixo-assinado.

Entramos em contato com a assessoria da rede hospitalar Hapvida, que alegou que lamenta profundamente o falecimento da criança.

“Desde que deu entrada na unidade, a paciente recebeu toda a assistência necessária, com exames e administração de medicamentos indicados para seu quadro de saúde, além do atendimento ter sido prestado em sala equipada com aparelhos de terapia intensiva. Mesmo com todos os esforços da equipe, infelizmente, a paciente não resistiu ao quadro clínico. A empresa reforça o seu pesar e está à disposição da família para ajudá-los a lidar com essa perda irreparável”, diz a nota.