A executiva municipal do PSDB em São Paulo rejeitou um pedido de expulsão do candidato da legenda à prefeitura da cidade, José Luiz Datena. O pedido foi assinado por 42 filiados depois que Datena agrediu seu adversário Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeirada no debate da TV Cultura, em 15 de setembro.
O PSDB alegou que fez uma análise minuciosa dos fatos, mas concluiu que as acusações feitas no pedido eram “infundadas” porque a agressão, chamada de “incidente”, não violou as normas internas do partido direta ou indiretamente.
Na justificativa, o partido também reforçou que Datena agiu em “legítima defesa para repelir a injusta agressão perpetrada por Pablo Marçal”. A manifestação foi assinada pelo advogado da legenda, Guilherme Ruiz Neto.
No pedido de expulsão, os integrantes do diretório municipal classificaram a cadeirada como “inadmissível” e argumentaram que o episódio “fere gravemente os valores democráticos, de respeito e civilidade” do PSDB.
Além disso, pediram “uma ação firme e clara contra esse tipo de comportamento poderemos preservar o legado de responsabilidade social, bom senso e equilíbrio que o PSDB sempre defendeu”.
Marçal foi agredido por Datena com uma cadeirada no debate da TV Cultura depois de ter recuperado uma denúncia de assédio sexual contra ele – arquivada pela Justiça em 2019 – e o chamado de “jack”, gíria usada em presídios para identificar um estuprador.
O candidato do PRTB chegou a passar a noite no hospital Sírio-Libanês e recebeu alta na manhã seguinte. Na ocasião, o boletim médico informou que houve “traumatismo na região do tórax à direita e em punho direito, sem maiores complicações associadas”.
O Tempo