O prefeito de Manaus, David Almeida, se reuniu na manhã desta quarta-feira, 13/10, na sede da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), com secretários de sua gestão, para alinhar as estratégias voltadas para implementação de logística reversa na capital amazonense, na busca por transformar Manaus em uma cidade sustentável.
“Nós vamos trabalhar a sustentabilidade, Manaus já está se tornando uma cidade mais sustentável em todas as áreas. Nós já iniciamos com os eletroeletrônicos, agora vamos para outros materiais. Começamos a trocar, com a indústria oleira de Iranduba, toras de madeira, das árvores que fazemos a poda diariamente, por tijolos, que iremos utilizar em nossas construções e reformas. Vamos também começar a triturar o vidro, transformar em areia, e assim utilizar nas nossas obras, pavimentação e muito mais. Tudo isso aumenta a vida útil do nosso aterro e traz inúmeros benefícios para a gestão e a população como um todo”, enfatizou o prefeito David Almeida.
Participaram da reunião o secretário da Semulsp, Sabá Reis, os titulares das secretarias municipais de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), e de Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi), Antônio Stroski e Radyr Gomes Júnior, respectivamente, além de representantes das empresas terceirizadas, Marquise e Tumpex, e da empresa privada parceira, Triciclo Soluções Sustentáveis.
A iniciativa tem sido foco da gestão municipal, com diversas ações voltadas para o processo da logística de fluxos dos materiais sólidos provenientes de produtos e embalagens, viabilizando a coleta e reaproveitando dentro do sistema especificado.
No dia 29 de setembro, a Prefeitura de Manaus inaugurou a primeira Central de Logística Reversa de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos da região Norte do país, com base localizada na sede da Associação de Catadores de Recicláveis do Amazonas (Ascrman), no bairro Santa Etelvina, zona Norte.
Há uma semana, no dia 6/10, a Prefeitura de Manaus realizou a parceria com a empresa Triciclo Soluções Sustentáveis, para que a máquina “Retorna Machine” seja instalada em pontos estratégicos da cidade.
Este maquinário possibilita, por meio de coleta de dados sobre os resíduos e informações sobre a população que utilizou, a destinação correta para garrafas PET, de latas, de aço ou de materiais de longa vida. Os créditos gerados por esse descarte correto serão revertidos em benefícios para a população e doação para instituições de caridade.
A primeira máquina será instalada brevemente na sede da Semulsp, e as próximas serão instaladas em pontos estratégicos da cidade. Assim que definidos, os locais serão divulgados nas redes sociais da prefeitura.
Mais sobre logística reversa
A logística reversa pressupõe a responsabilidade compartilhada com o cidadão, pela separação e entrega do material, o setor privado pelo gerenciamento e parcerias, e o poder público pelo incentivo, conscientização, financiamento e utilização da política sustentável.
Toda a estrutura e iniciativas voltadas para o processo de logística reversa tem a preocupação com os resíduos gerados, e descartados – sejam plásticos, metais, vidro, madeira, e outros – desde a maneira como é coletado, armazenado e destinado ao final, seja por meio da reciclagem, reuso ou descarte adequado.
Entre os benefícios, voltados à população, estão o aumento da vida útil dos aterros sanitários, a maior eficiência dos recursos naturais, ampliação das ofertas de produtos ambientalmente sustentáveis, gerando mais emprego e renda, além do espaço para novos negócios.
O prefeito David Almeida destaca que, além dos benefícios sociais e ambientais, a logística reversa também trará uma economia substancial aos cofres do município. “Se gasta em torno de 30 a 35 milhões de reais por mês só com a coleta do lixo. Essas toras, agora trocadas por tijolos, nós tínhamos que pagar para deixar lá no aterro controlado, agora nós estamos ganhando dinheiro com elas, aumentando a vida útil do nosso aterro, diminuindo o custo da coleta de lixo na nossa cidade. Com essa economia, teremos mais dinheiro para trazer melhorias para a nossa cidade: educação, saúde e mobilidade urbana”, concluiu.
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Texto – Maryane Maia / Semcom
Fotos – Ruan Souza / Semcom