O primeiro debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo após a agressão de José Luiz Datena (PSDB) a Pablo Marçal (PRTB) foi marcado por discussões acaloradas, trocas de acusações e pedidos de direito de resposta. O evento, realizado pela RedeTV! e o portal UOL na manhã desta terça-feira (17), contou com a participação dos dois envolvidos na confusão do último encontro, no domingo (15). Guilherme Boulos (PSOL), Marina Helena (Novo), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB) também participaram. O clima de tensão já se instaurou logo no início, com referências ao incidente ocorrido no debate anterior, na TV Cultura, quando Datena acertou Marçal com uma cadeira. Durante o programa, o empresário acusou o adversário de tentar “homicídio” e de agir de forma “análoga a um orangotango”. O apresentador, por sua vez, afirmou que não se orgulhava do ocorrido, mas que agiu em defesa de sua família e chamou o oponente de “covarde”.
Em outro momento, Marçal acusou o prefeito Ricardo Nunes de violência doméstica, referindo-se a um boletim de ocorrência registrado pela esposa do candidato em 2011. Nunes rebateu, afirmando que nunca agrediu sua esposa e criticou Marçal, associando seu comportamento ao “mundo do crime”. O debate foi interrompido brevemente devido a um bate-boca entre os dois. As trocas de acusações entre os candidatos continuaram ao longo do evento. Tabata Amaral foi alvo de críticas de Marina Helena, que a acuso de usar jatinhos particulares para visitar o namorado, o prefeito do Recife, João Campos. A deputada classificou a acusação como um “delírio” e afirmou que iria processar a adversária.
Apesar de alguns momentos de propostas, o tom geral do debate foi dominado por confrontos pessoais e ataques, com poucos detalhes sobre programas de governo ou soluções para os problemas da cidade. As cadeiras do estúdio foram parafusadas no chão como medida preventiva após o incidente anterior entre Datena e Marçal.
*Reportagem produzida com auxílio de IA