Fotos – João Viana / Semcom

Prefeitura de Manaus, por meio do Conselho Municipal de Gestão Estratégica (CMGE), órgão consultivo e auxiliar da gestão municipal, lançou, nesta segunda-feira, 9/10, o projeto “Urbanismo Social Manaus”, em parceria com a Fundação Tellescom e apoio da Consultoria Diagonal, pioneira em gestão social, com 33 anos de história, mais de 1.300 projetos em 22 países e 200 empresas. A ação ocorreu no Casarão da Inovação Cassina, centro histórico da cidade.

O objetivo do projeto é transformar a capital amazonense em uma cidade mais acolhedora, inclusiva e sustentável, reduzindo as desigualdades sociais com intervenções estratégicas e a participação da população. Cerca de 23% da população será beneficiada com os projetos iniciais e prioritários.

Para o presidente do CMGE, Arnaldo Grijó, o Urbanismo Social Manaus será desenvolvido em etapas, sendo a primeira delas, de coleta de dados ambientais, sociais, de educação, saúde, mobilidade, infraestrutura, segurança, urbanismo, empreendedorismo, economia, habitação e outros, além dos projetos e políticas públicas prioritárias da Prefeitura de Manaus.

“Hoje está acontecendo um workshop para que se faça um alinhamento com as secretarias, onde nós vamos ouvir o que cada secretaria está fazendo e depois a gente vai compilar isso para que a gente possa fazer um trabalho mais direcionado para a questão do urbanismo social”, disse Grijó.

A previsão é que em dezembro de 2023 o resultado do diagnóstico macro da primeira etapa seja apresentado. Segundo o vice-presidente de Assuntos Estratégicos do Conselho de Gestão Estratégica, Alessandro Moreira, a segunda etapa consiste em ouvir a população com o auxílio de uma plataforma de georreferenciamento para entender de forma minuciosa as prioridades dos bairros de Manaus e aplicar melhor os recursos públicos.

“Manaus é uma cidade rica que oscila sempre na quinta ou sétima posição no PIB em cidades do Brasil, mas com problemas sociais muito graves. Os problemas são urgentes. A entrega da primeira fase acontece em dezembro, assim o projeto da sequência em pelo menos mais dois anos com o apoio da Consultoria Diagonal”, completou Moreira.

Dentre os segmentos de abrangência do projeto estão: saúde, habitação, educação, urbanismo, infraestrutura, tecnologia, segurança, trânsito, dentre outros. A expectativa é que os trabalhos comecem pelas as zonas Norte e Leste, além de toda a extensão do corredor do Mindu.

“O corredor do Mindu é uma área muito importante, porque cobre 23 quilômetros transversalmente a cidade de Manaus. E a gente compreendendo a microbacia do Mindu, que têm bairros de classe média alta ou muito pobre, áreas muito vulneráveis, com a nascente lá na Cidade de Deus, que é um local que tem uma característica muito específica, a gente precisa recuperar com a máxima brevidade”, afirmou.

O vice-presidente de Assuntos Estratégicos do Conselho de Gestão Estratégica, também esclareceu que, não haverá custos com a Consultoria Diagonal, fruto de cooperação com a Fundação Tellescom, sendo todos os produtos propriedade exclusiva da Prefeitura de Manaus.

“Não tem custo nenhum para a Prefeitura de Manaus. A Tellescom é uma empresa que está aqui no Polo Industrial de Manaus e constitui uma fundação e em parceria contratou a Consultoria Diagonal e ofereceu esses projetos para a Prefeitura de Manaus e um deles é de Urbanismo Social. Então, a consultoria vem para nos ajudar com recursos pagos pela Tellescom”, frisou.

O urbanismo social é uma estratégia de intervenção urbana que, a partir da articulação das diferentes políticas públicas, urbanização e participação social, qualifica territórios com altos índices de vulnerabilidade (social, econômica e ambiental) e promove a transformação em espaços mais inclusivos e acolhedores, reduzindo as desigualdades socioespaciais nas cidades.

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Texto – Flávia Moura / Semcom