Os Distritos de Saúde (Disa) Norte e Leste da Prefeitura de Manaus participaram, nesta quinta-feira, 17/11, de mais uma rodada de discussões dos fluxos de atendimento à gestante, na segunda edição do Fórum de Vinculação ao Pré-Natal, que visa aprimorar os serviços de saúde na atenção primária e secundária de saúde.
Os servidores do Disa Norte participaram da programação que aconteceu no auditório do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), pela manhã, enquanto os do Disa Leste se reuniram na unidade 3 do Centro Universitário Fametro (Ceuni Fametro), no bairro Chapada, na zona Centro-Sul.
A chefe da Divisão de Atenção à Saúde da Mulher da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), enfermeira Lúcia Freitas, explicou que os fóruns de vinculação do pré-natal funcionam como espaços privilegiados para que todos os envolvidos na condução da gestação e do parto, tanto da rede pública quanto da rede particular de saúde, possam a discutir os desafios a serem vencidos e as sugestões para aprimorar o atendimento de modo a reduzir a morbimortalidade.
“Os fóruns de vinculação são essenciais para o aprimoramento do atendimento. São médicos clínicos, ginecologistas, obstetras, enfermeiros, equipes técnicas da rede pública e particular que expõem suas dificuldades e pactuam as decisões para a melhoria dos fluxos de atendimentos. A cada evento, uma devolutiva é feita para avaliar se o que foi pactuado está funcionando ou se ajustes são necessários para melhorar o atendimento à mãe e ao bebe”, disse Lúcia.
Nesta segunda edição de 2022 está sendo pactuadas pelos participantes a prescrição regular de Ácido Acetilsalicílico (AAS) e a suplementação do Carbonato de cálcio+colecalciferol, durante o pré-natal para mulheres com maior risco de desenvolver pré-eclâmpsia, que deve reduzir em até 70% as possibilidades de complicações durante o parto.
A pré-eclâmpsia, condição que algumas mulheres apresentam durante a gravidez, é caracterizada pela hipertensão e proteinúria (presença de proteínas na urina), podendo levar a complicações graves tanto para a mãe quanto para o bebê.
Outro tema em pauta é o aconselhamento genético, quando diagnosticado o traço falciforme, trabalho realizado em parceria com a Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam), seguindo a orientação do Ministério da Saúde, que está propondo a descentralização do aconselhamento para a Atenção Primária. O exame de Eletroforese de Hemoglobina permite a identificação dos tipos de hemoglobina que podem ser encontrados no sangue e é solicitado quando a gestante faz o pré-natal.
Segundo Lúcia, na prática, a proposta é que as gestantes diagnosticadas com Doença Falciforme serão acompanhadas, de forma síncrona, pela Atenção Primária e pela Fundação Hemoam. A mulher que tem essa doença habitualmente tem dores musculares, que costumam ficar mais frequentes durante a gravidez. Além disso, a paciente costuma ter anemia, que pode piorar devido à perda de sangue, infecções, inflamações e outros estados que exigem um cuidado e uma orientação específica.
“Com base no exame de eletroforese, que já é realizado pela Atenção Primária, teremos condições de rastrear a Doença e o Traço Falciforme, acompanhando de forma qualificada à gestante por meio de um projeto terapêutico específico a gestante que apresenta esta condição”, salientou Lúcia.
A próxima rodada de discussões do Fórum de Vinculação pré-natal está prevista para o dia 1º/12, com os servidores do Disa Rural, no auditório da Unidade 3 do Ceuni Fametro.
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Texto e fotos – Divulgação / Semsa