O prefeito de Borba Simão Peixoto e a primeira-dama, Aldine Mirella de Souza, estão com mandados de prisão expedidos pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) e são considerados foragidos após serem alvos da Operação ‘Garrote’ do Grupo de Atuação Especial de Repressão do Crime Organizado (Gaeco), deflagrada na última terça-feira (24).
O desembargador João de Jesus Abdala Simões, do TJAM, mandou afastar Simão Peixoto do cargo, por 90 dias, após ele ser investigado por suspeita de desvio de R$ 29,2 milhões em licitações da prefeitura do município, distante a 150 quilômetros de Manaus.
Simão Peixoto e outros 10 agentes públicos do município, foram alvos, na manhã de terça-feira (23), de Operação Garrote, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), que cumpriu 28 mandados de busca domiciliar, 11 mandados de prisão preventiva, 28 mandados de busca pessoal e 28 mandados de busca veicular, totalizando 95 medidas cautelares.
De acordo com Boletins de Ocorrência da Polícia Civil foram registrados no 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP) a prisão de 9 dos 11 suspeitos de integrarem uma organização criminosa que teria desviado pelo menos R$ 29 milhões em recursos públicos no município de Borba. No entanto, não constam no registro as prisões do prefeito e da primeira-dama.
Segundo a assessoria do MP-AM, ainda não se tem confirmação da prisão do prefeito e conforme a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) “até o momento as prisões estão a cargo da polícia judiciária”.
Foram detidos no dia da operação familiares do prefeito de Borba em endereços localizados em Manaus, são eles: a cunhada do político, Aldonira Rolim de Assis (40), as sobrinhas Keliany de Assis Lima (19) e Kaline de Assis Lima (21) e o enteado Adan de Freitas da Silva (20). Também foram registradas as prisões dos sócios do Mercadinho Du Primo, Edival das Graças Guedes (63) e Ione Azevedo Guedes (45), da prestadora de serviços da prefeitura Maria Suely da Silva Mendonça (52), da secretária de finanças Michele de Sá Dias (45) e do pregoeiro Kleber Reis Mattos (57).
Os suspeitos participaram das audiências de custódia e realizaram exame de corpo de delito.