Um post discriminatório gerou revolta por parte de familiares, amigos e entidades de autistas do Amazonas. Rodrigo Botelho, conhecido como digital influencer, que tem pra mais de 130 mil seguidores em sua conta no instagram, usou suas redes sociais para afirmar que crianças com transtorno do espectro autista (Tea) e seus pais, estão pagando por seus pecados de vidas passadas. Isso causou indignação, e claro, logo após a repercussão pediu perdão. Melhor se tivesse ficado sem o famoso “achismo”.
Em uma live que o digital influencer usou o tema sobre vidas passadas, onde diz que crianças autistas carregam uma culpa “Ele [o autista] carrega uma culpa muito grande. E às vezes ele está num sentimento de culpa que atordoa a mente dele. E às vezes ele fica décadas lá no mundo espiritual sofrendo, com a consciência pesada, sentimento de culpa, e ele fica naquela… sabe… naquela dor e tal. E Deus, para amenizar a dor dessa criança, ele o reintegra na sociedade, o colocando numa reencarnação nova, a fim de que ele se desconecte do mal que ele causou em outras vidas, fazendo com que ele se sentisse culpado”, disse o influenciador digital.
Ele também afirma que seus pais, estão pagando por seus pecados de vidas passadas. Isso causou indignação, e claro, logo após a repercussão pediu desculpas. Melhor se tivesse ficado sem o famoso “achismo”, o que é bem comum em meio a blogueiros. “Peço perdão, pelo que fiz e falei, se ofendeu alguém, O que falei não é uma verdade absoluta é apenas o meu ponto de vista. Se você não gostou ou não acredita, só me menospreze, deixe pra lá”, declarou Rodrigo em sua rede social.
Lembrando que o autismo é um transtorno neurológico é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses muitos subtipos do transtorno. Tão abrangente que se usa o termo “espectro”, pelos vários níveis de suporte que necessitam
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que, em todo o mundo, uma em cada 160 crianças tenha o transtorno. No Brasil, os dados ainda são muito limitados, mas informações do Censo Escolar mostram que o número de alunos com autismo que estão matriculados em classes comuns no Brasil aumentou 37,27% entre os anos de 2017 (77.102) e 2018 (105.842).
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