Mais uma vez, a Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) se encontra no centro de uma controvérsia, desta vez com a proposta do título de cidadão amazonense para Ana Marita Terra Nova, uma pastora e líder de uma igreja evangélica de Manaus. A deputada estadual Débora Menezes (PL) é a responsável por tal indicação, desviando a atenção de questões cruciais para o povo do Amazonas.
Apesar de ser apresentada como uma homenagem a pessoas que contribuíram para o estado, essa prática vem se tornando comum para atender aos interesses pessoais dos deputados. A justificativa da parlamentar baseia-se na personalidade e nos valores de Ana Marita, enquanto ignora as preocupações mais prementes da população.
A situação se agrava pelo fato de Ana Marita e seu marido, o pastor Renê Terra Nova, serem conhecidos bolsonaristas e terem expressado apoio aos atos antidemocráticos de janeiro. Além disso, o casal já se apresentou em palanques políticos, incluindo um evento onde o ex-presidente Jair Bolsonaro discursou. Essa ligação política levanta questionamentos sobre a imparcialidade da homenagem proposta pela deputada.
A frequência com que tais títulos são propostos para indivíduos alinhados com os interesses dos parlamentares mostra um desvio preocupante das prioridades. Em vez de focar em melhorias reais para os cidadãos amazonenses, a Assembleia parece envolta em uma dinâmica de autopromoção e benefícios pessoais.
O caso Ana Marita Terra Nova é apenas um exemplo do distanciamento entre a classe política e as necessidades do povo. A população, assim como os próprios membros da Assembleia, precisa questionar a legitimidade e a intenção por trás dessas honrarias, especialmente quando elas parecem ignorar as verdadeiras urgências enfrentadas pelo estado do Amazonas.