Condenado no STF pela parcialidade contra o ex-presidente Lula, Sérgio Moro já é tratado pela presidente do Podemos, Renata Abreu, como o nome da sigla para disputar o Planalto em 2022. A legenda, agora, tenta ressuscitar o lavajatismo, que teve diversas práticas anticonstitucionais comprovadas. Agora é tentar ressuscitá-lo também na mídia brasileira e em meio aos debates políticos partidários.
Condenado no Supremo Tribunal Federal (STF) pela parcialidade contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-juiz Sérgio Moro passou a ser considerado pelo Podemos como o candidato da sigla à presidência da República em 2022. De acordo com informações publicadas pela coluna de Guilherme Amado, a presidente do Podemos, Renata Abreu, tem anunciado o ex-juiz como o nome da sigla em 2022.
O ex-ministro está morando nos Estados Unidos e desembarcou no Brasil no mês passado para conversas com lideranças sobre o cenário eleitoral do próximo ano. Depois de tirar o ex-presidente Lula da eleição de 2018, Moro aceitou o convite da equipe do atual governo, na campanha eleitoral daquele ano. Depois foi ser ministro da Justiça. Deixou o cargo em abril do ano passado, apontando crime de responsabilidade de Jair Bolsonaro, ao denunciar a tentativa de interferência na Polícia Federal.
Em 28 de abril de 2016, o então coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, avisou à procuradora Laura Tessler que Moro o havia alertado sobre a falta de uma informação na denúncia de um réu — Zwi Skornicki, representante da Keppel Fels, estaleiro que tinha contratos com a Petrobras para a construção de plataformas de petróleo. Uma reportagem do jornal francês Le Monde, publicada em abril deste ano, mostrou que Moro esteve a serviço dos Estados Unidos quando atuava na Lava Jato.
Foto: Divulgação