Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), pela segunda vez consecutiva, os planos de saúde estão liderando o ranking de reclamações. Os dados divulgados na última segunda-feira, 13, mostram que 27,9% das reclamações feitas no ano passado se referem a empresas que deferem planos de saúde.
Críticas aos planos de saúde aumentam
Quando analisamos os últimos dez anos, os planos de saúde estão presentes no ranking de reclamações em nove deles. Eles só deixaram a liderança em 2020, durante o primeiro ano da pandemia de Covid-19, quando os serviços financeiros lideraram os números de queixas dos consumidores.
O Idec oferece informações, orientações e suporte para que as pessoas exerçam os seus direitos e façam escolhas inteligentes na compra de bens ou serviços. A organização também realiza pesquisas sobre questões relacionadas à proteção do consumidor, como acesso aos cuidados de saúde, segurança alimentar e direitos digitais.
A reclamação quanto aos planos em 2022 tem relação principalmente com as dúvidas e problemas ligados aos contratos (27,4%), falta de informações (18,1%) e reajustes (13,7%).
Os planos de saúde particulares são serviços oferecidos por empresas privadas que garantem acesso a cuidados médicos e hospitalares mediante pagamento de mensalidades ou taxas. Eles podem ser contratados por pessoas físicas ou jurídicas. Geralmente, incluem cobertura para consultas, exames, cirurgias, internações, entre outros.
Esses contratos são regulamentados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que estabelece normas e fiscaliza as empresas que oferecem esses serviços. A ANS também mantém um rol de procedimentos e eventos em saúde que os planos devem cobrir, de acordo com a modalidade contratada pelo cliente.
Serviços financeiros em segundo lugar
Agora, os serviços financeiros são responsáveis por 21,2% dos registros de reclamações no Idec.
A maior parte das queixas diz respeito à segurança das transações bancárias e golpes (20,1%), seguida por críticas referentes a cláusulas contratuais (11,4%). De modo geral, o instituto desempenha um papel vital na defesa dos direitos e interesses dos consumidores no Brasil, pois o seu trabalho tem ajudado a moldar políticas públicas e práticas de negócios em prol de uma sociedade mais justa para os brasileiros.