O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que casos de vazamento de dados relacionados ao Pix devem acontecer com alguma frequência. A autoridade monetária não quer banalizar as ocorrências e atacará todas, assim como seguirá divulgando os casos.
“Como nós entendemos que esse mundo de dados vai cada vez crescer mais exponencialmente, os vazamentos vão acontecer com alguma frequência. E não queremos banalizar os vazamentos porque a gente vai atacar todos os vazamentos para que eles sejam o mínimo possível”, afirrmou nesta sexta-feira (11) em encontro promovido pela Esfera Brasil, em São Paulo.
Campos Neto ainda ressaltou que nenhum dos três casos já registrados de vazamento de dados de chaves Pix expôs dados sensíveis dos usuários e que não afetaram a segurança do sistema.
“É importante entender que os vazamentos que têm de dados do Pix não são relevantes no sentido de que não são dados tão sensíveis. Por exemplo, a gente tem vazamentos, às vezes, que é nome de CPF, mas nome e CPF tem no talão de cheque da pessoa”, disse o presidente do BC.
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Ele continuou: “Nenhuma pessoa sofreu nenhum tipo de dano, por nenhum vazamento, mas mesmo assim o Banco Central tem decidido anunciar todos os vazamentos de dados”.
Chaves Pix no alvo
Já foram registrados três casos de vazamento de informações do Pix desde o lançamento do sistema de pagamento em tempo real, em novembro de 2020.
O primeiro foi registrado em agosto de 2021 no banco do Sergipe, o Banese, em que foram potencialmente expostos dados vinculados a 414.526 chaves Pix. Este caso foi divulgado em setembro do ano passado.
A segunda ocorrência envolveu o vazamento de dados de 160.147 chaves Pix vinculadas a Acesso Soluções de Pagamento. O caso ocorreu em dezembro de 2021 e foi divulgado pelo BC em janeiro.
O terceiro caso expôs dados cadastrais vinculados a 2.112 chaves Pix da Logbank Soluções de Pagamento. O incidente, ocorrido entre os dias 24 e 25 de janeiro, foi divulgado na semana passada.