A Polícia Federal informou, nesta sexta-feira 18, que abriu um inquérito para investigar o assassinato da líder quilombola Maria Bernadete Pacífico, da comunidade de Pitanga dos Palmares, na Bahia.
A autoria da execução ainda é desconhecida. As lideranças quilombolas denunciam que o grupo que matou Bernadete é o mesmo que matou seu filho há seis anos.
O assassinato de Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, em 2017, também é apurado na mesma delegacia.
A suspeita é de que os autores do ataque estejam ligados à especulação imobiliária, que deseja ocupar as áreas pertencentes aos quilombolas.
Mãe Bernadete, como era conhecida, denunciava as violências sofridas na região e estava sob proteção da polícia.
Em julho deste ano, ela participou de um encontro com a presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, na Bahia, quando reforçou os pedidos por investigações.
Mais cedo, autoridades lamentaram o ocorrido. O presidente Lula (PT) foi uma das figuras políticas a comentar o assunto. Na publicação, o petista pediu uma apuração rigorosa do caso, citando a possível relação entre o assassinato da líder e do filho.
Ministros do atual governo também se posicionaram sobre o assunto.
Nos comunicados, às pastas da Justiça, Igualdade Racial e Cidadania já haviam antecipado que levariam o caso para apuração da PF. Representantes dos ministérios devem ir até à Bahia para acompanhar os primeiros passos da investigação.