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Na última quinta-feira (15), pesquisadores da Universidade de Brasília (UNB) se uniram a entidades e estudiosos indígenas da Amazônia para lançar a primeira pesquisa sobre a infância dos povos tradicionais. O evento ocorreu no Auditório da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), situado na Avenida Ayrão, bairro Presidente Vargas, zona central de Manaus.

O professor doutor Gersem Baniwa, coordenador do estudo no Amazonas, iniciou os trabalhos convocando os representantes para compor a mesa diretora e discursar sobre o papel de cada entidade parceira na iniciativa.

“Este é um projeto experimental, que envolve parcerias, movimentos sociais, pesquisadores indígenas, comunidades e aldeias. Uma pesquisa aberta para todo e qualquer tipo de colaboração”, explicou Gersem.

A professora doutora Vanessa Maria de Castro, Coordenadora-Geral da Pesquisa pela UNB, detalhou a origem do projeto, que foi operacionalizado pelo Centro de Estudos Avançados Multidisciplinar (Ceam) e pelo Observatório dos Povos Indígenas e suas Infâncias (OPOInfância), com financiamento da emenda parlamentar de Erika Kokay (PT-DF).

Isabel Taukane, do povo Kura Bakairi, é a professora doutora e coordenadora do estudo no Mato Grosso. Ela enfatizou a importância de discutir não apenas os problemas, mas também os aspectos positivos da infância indígena.

Luís Tukano, biólogo formado pela primeira turma indígena da UNB e atual coordenador de operações da Coiab, destacou a importância de levantar informações sobre os desafios da educação indígena, afirmando que “educação não é custo e sim investimento”.

Joede Miquiles, da etnia Sateré Mawé, participou como representante da Articulação das Organizações e Povos Indígenas do Amazonas (Apiam), destacando a relevância de iniciativas como essa para levar informações essenciais às comunidades indígenas.

Marcivana Sateré Mawé, liderança representativa da Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno (Copime), alertou sobre a situação de vulnerabilidade das crianças indígenas em grandes centros urbanos, como Manaus.

A pesquisa, desenvolvida de forma colaborativa entre pesquisadores e comunidades indígenas, visa compreender melhor a realidade das crianças indígenas na Amazônia, abordando não apenas os desafios, mas também as potencialidades e riquezas culturais dessas comunidades.

*Com informações de Mundo ao Minuto