Lamor Whitehead, fundador e líder da igreja Leaders of Tomorrow International Ministries, no bairro nova-iorquino do Brooklyn, foi condenado nesta segunda-feira (17) a nove anos de prisão por enganar fiéis. Ele era apelidado pela imprensa norte-americana de “bispo bling” (algo como “bispo ostentação”) por seu estilo de vida glamouroso e por usar roupas de alta-costura.
Depois de ser considerado culpado por um júri popular em março passado, a juíza federal do distrito sul de Manhattan, Lorna Schofield, condenou-o nesta segunda-feira a nove anos de prisão por fraude eletrônica, tentativa de fraude eletrônica, tentativa de extorsão e por mentir a agentes federais.
O líder religioso, que se vangloriava de sua amizade com o prefeito de Nova York, Eric Adams, e com artistas de hip-hop, é acusado de induzir uma das suas paroquianas a investir cerca de 90 mil dólares (R$ 487 mil) de suas poupanças para a aposentadoria, prometendo que usaria o dinheiro para a ajudar a comprar uma casa.
Porém, o pastor usou a quantia para adquirir itens de luxo e sustentar seu estilo de vida. Quando a vítima pediu a devolução dos valores pelo não cumprimento das promessas, Whitehead continuou mentindo para evitá-la.
Ele também é acusado de extorquir cinco mil dólares (R$ 27 mil) de um empresário e ter manipulado extratos bancários e receitas mensais para obter empréstimos milionários e mentir para as autoridades policiais.
“Lamor Whitehead é um fraudador que roubou milhões de dólares em uma série de fraudes financeiras e até roubou um de seus próprios paroquianos. Ele mentiu para agentes federais e mentiu novamente para o Tribunal em seu julgamento”, alegou o promotor público Damian Williams em um comunicado.
Ainda de acordo com a imprensa local, o pastor terá que reembolsar 85 mil dólares (R$ 460 mil) às vítimas e pagar uma multa de 95 mil dólares (R$ 514 mil), além de passar mais três anos em liberdade condicional após sair da prisão.
Antes disso, Lamor já havia sido condenado em 2008 por diversas acusações, incluindo roubo de identidade, pelas quais cumpriu cinco anos de prisão, antes de fundar a sua igreja após ser libertado, segundo a imprensa local.
O Tempo