O pesadelo de Yoni Asher começou no sábado de manhã, quando recebeu uma ligação da sua mulher, Doron Asher Katz. Ela estava em Israel para visitar a mãe, mas as três estavam escondidas em um quarto dentro da casa da idosa, na fronteira com a Faixa de Gaza.
“Ela disse-me que havia terroristas dentro da casa”, revelou Yoni em entrevista ao The New York Times. “Em seguida, a minha sogra saiu do quarto para enfrentá-los e a ligação caiu.”
Yoni rastreou o celular da esposa e descobriu que ela havia sido levada para Khan Younis, uma cidade no sul de Gaza. Mais tarde, ele viu imagens de um vídeo compartilhado nas redes sociais, onde um grupo de militantes do Hamas raptava várias pessoas.
No vídeo, Yoni reconheceu a esposa, as duas filhas, de 5 e 3 anos, e a sogra, de 67. Todas estavam sendo transportadas na parte traseira de uma caminhonete de caixa aberta. Doron era a mulher que estava com uma bandeira na cabeça.
As quatro estão entre as cerca de 150 pessoas que foram raptadas em Gaza, segundo dados das autoridades israelenses.
Doron e as filhas, que vivem no centro de Israel, haviam se deslocado até à zona fronteiriça para visitar a avó. O objetivo era regressar a casa na tarde de sábado, mas isso não aconteceu.
“Não consigo dormir”, disse Yoni. “Tenho duas filhas pequenas. Elas não deveriam ser feitas reféns.”
Em entrevista à CNN, Yoni disse estar disposto a trocar de lugar com a esposa e as filhas.
O Hamas já fez saber que está disposto a matar um civil por cada ataque de que seja alvo por parte de Israel.