Por Talyta Vespa, da Folhapress
Você se deslumbra ao ver uma carne suculenta envolvida por uma cama de ouro e depois cai da cadeira ao ver o preço: R$ 9.000. Associa, rapidamente, o valor estratosférico ao ouro, metal nobre, e pensa: é ele que encarece a carne, claro. Os jogadores da seleção brasileira pagaram para consumir a iguaria e foram criticados pela ostentação.
Só que o que custou R$ 9.000 está longe de ser o ouro que embrulha a carne na churrascaria Nusr-Et, do chef Nusret Gökçe, um dos maiores especialistas em churrasco do mundo. O ouro comestível utilizado ali é o mesmo que você encontra no Brasil por R$ 60.
A chef e especialista em churrasco Paty Nobre fez a receita em casa. Para embrulhar uma peça de 700 g de uma carne nobre, utilizou oito folhas de ouro – R$ 60 é o valor aproximado do pacote com dez unidades do papel dourado.
Bolos, cachaças, docinhos: velho conhecido da culinária, principalmente da confeitaria, as folhas de ouro não interferem no gosto do alimento, nem mesmo na textura: elas são tão finas e leves que desmancham na boca se misturando à comida. A graça, ela conta, é a aparência de envolver um quitute com ouro. Ou seja, é uma aventura visual e não gustativa.
Mas, para ser próprio para consumo, é importante que as folhas sejam feitas com ouro 24 quilates, que é o ouro 100% puro e não faz mal à saúde. Paty aconselha comprá-las em lojas do ramo alimentício, onde a garantia de qualidade é exigida.