A ossada humana encontrada próximo ao Rio Branco era da indígena Angelita Prororita Yanomami, de 35 anos, ex-mulher de Dário Kopenawa, filho do líder indígena Davi Kopenawa. Angelita atuava como tradutora e intérprete na Casa de Saúde Yanomami, em Boa Vista. Ela estava desaparecida.
Angelita foi identificada por exame de arcada dentária no Instituto Médico Legal quase um mês depois de os restos mortais terem sido levados à unidade. A Polícia Civil informou que o caso é investigado pela Delegacia Geral de Homicídios. Ainda não se sabe a causa da morte. Com informações do G1.
A ossada humana foi encontrada no dia 1º de maio, na região conhecida como “Banho Copaíba”, Distrito Industrial, zona Oeste. No local havia roupas femininas e acessórios. Somente nesta quarta-feira (31) o sumiço dela foi registrado na delegacia.
Com a confirmação da morte, a Hutukara Associação Yanomami (HAY), que tem como presidente o líder Davi Kopenawa, pediu que as fotos dela não sejam compartilhadas, em respeito à cultura do povo.
Angelita Prororita deixa uma filha de 11 anos. A Hutukara lamentou a morte. Ela também cursava odontologia em uma faculdade particular na capital e concluiria este ano.
O Ministério da Saúde, responsável pela Casai Yanomami, lamentou a morte, destacou o trabalho de Angelita e disse que “vai colaborar com as investigações conduzidas pelas autoridades competentes para que as causas da morte sejam esclarecidas o mais rápido possível.”
“Angelita trabalhava como intérprete na Casai (Casa de Saúde Indígena) do DSEI Yanomami e sempre muito atuante na luta em defesa dos direitos, por justiça e dignidade das mulheres Yanomami”.