PROIBIÇÃO DOS CASSINOS, UMA APOSTA ERRADA.
A proibição dos jogos de azar no Brasil foi estabelecida por força do decreto-lei 9 215, de 30 de abril de 1946, assinado pelo presidente Eurico Gaspar Dutra sob o argumento de que o jogo é degradante para o ser humano. De lá para cá, de vez em quando ressurge a ideia da implantação de cassinos no Brasil e tem um lobby poderosíssimo por trás, tanto de quem é contra como de quem é a favor. Os contrários aos cassinos alegam justamente a degradação humana e enriquecem os seus argumentos citando que famílias poderiam ser destruídas por causa de possíveis prejuízos que o azar no jogo provocaria. Outros, numa estatística macabra, afirmam que aumentaria o número de suicídios. Os favoráveis apontam, como um dos grandes benefícios, o aumento do número de empregos, já que um cassino, de médio porte, gera mais de mil empregos diretos, foram os indiretos. A proibição aos jogos de azar atingiu principalmente o joguinho mais romântico, mais democrático e mais honesto, que era o jogo do bicho. Romântico porque todos sonhavam em ganhar uma graninha, sem, contudo, ter a pretensão gananciosa de se ficar rico. Democrático, pois todos jogavam, independentemente da classe social ou poder aquisitivo e honesto, porque na “pule”(papelzinho onde eram escritas as apostas): vale o escrito e era absolutamente verdade. Pois bem, os jogos foram proibidos e os cassinos definitivamente fechados. Porém, o ganancioso governo não resistiu a tentação e começou a fazer uma fezinha instituindo as loterias. O que o governo fez, na verdade, foi estatizar os cassinos, camuflando o nome, com o título de Caixa Econômica Federal e mais tarde, loterias da Caixa. Agora, com o advento da internet, as apostas invadiram os nossos computadores, tablets e celulares e acho muito difícil que o governo tenha condições de regulamentar isto. Com os cassinos, jogaria quem quisesse; uns perderiam e poucos sairiam ganhando. Sem os cassinos, com os jogos digitais, todos perdemos.
Por falar nisto, hoje é 2/6/23, que é 2 – águia, do 6 – cabra, 23 – urso, que é um terno de grupo, no jogo do bicho.