Uma história pouco conhecida de Mário Jorge Lobo Zagallo foi a presença dele no Maracanã em 16 de julho de 1950, quando a seleção perdeu para o Uruguai e deixou escapar a chance de conquistar a Copa. Aos 18 anos, ele servia o Exército e ajudou a reforçar a segurança no estádio. Quis o destino que, em 1958, Zagallo estivesse entre o esquadrão brasileiro campeão mundial pela primeira vez, na Suécia.
O “Velho Lobo nasceu em 9 de agosto de 1931, em Maceió, Alagoas. Como jogador, teve destaque no América-RJ, Flamengo e Botafogo e foi bicampeão mundial com a seleção (1958 e 1962). Como técnico, passou pelos principais clubes do Rio de Janeiro, enquanto que, em São Paulo comandou a Portuguesa, no fim dos anos 90. Trabalhou também no mundo árabe.
Zagallo esteve à frente da inesquecível seleção de 1970. Ainda estava no cargo de treinador, quatro anos depois, na Alemanha, quando a equipe nacional amargou o quarto lugar. Em 1994, ano do tetra, trabalhou ao lado de Carlos Alberto Parreira como coordenador. Parreira deixou a seleção após o título e o “Velho Lobo” assumiu mais uma vez o comando da amarelinha, sendo vice-campeão em 1998, na França. Em 2006, na Alemanha, a dupla Parreira e Zagallo voltou à seleção, que foi eliminada pela França nas quartas de final.
Polêmico, emotivo e apaixonado pela camisa amarela, o ex-ponta-esquerda é o único a estar presente em quatro títulos mundiais. Zagallo morreu, aos 92 anos, em 5 de janeiro de 2024. Em 2000, fiz uma série especial sobre a Copa de 1950 e Zagallo contou detalhes sobre a experiência de estar no Maracanã.