Com a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sobre a cassação do mandato do prefeito de Coari, Adail Filho, que tinha planos para as eleições de 2022, faz com que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tenha a decisão de novas eleições no município, e o prazo determinado é até novembro. Sua tia, Dulce Menezes (MDB) assumi a prefeitura até o dia da pose do novo prefeito. A quebra dessa corrente política familiar está nas mãos dos eleitores de Coari.
Após a sentença do TRE-AM, que cassou o mandato de Adail Filho em dezembro do ano passado, ele apresentou um recurso junto ao TSE.O julgamento teve início na segunda-feira (4). Dos sete ministros da corte, quatro votaram contra o recurso de Adail. No início da tarde, o voto do ministro Sérgio Silveira Banhos fez maioria pela cassação do ex-prefeito do município. Ele e o vice, Keitton Pinheiro, tinham sido reeleitos no 1º turno das eleições municipais de 2020.
Segundo o TRE, ele não poderia comandar a prefeitura porque esse seria o terceiro mandato consecutivo do mesmo núcleo familiar. A chapa encabeçada por Adail foi cassada pelo TRE-AM (Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas) em dezembro de 2020. Os desembargadores consideraram que Adail Pinheiro (pai de Adail Filho) foi eleito em 2012 e exerceu o cargo por mais de dois anos, e que Adail Filho venceu as eleições de 2016 e, portanto, estaria inelegível no pleito de 2020.
Ao cassar o mandato de Adail, o TRE determinou nova eleição no município no prazo de 20 a 40 dias e decidiu que a presidente da Câmara Municipal de Coari deveria assumir o comando da prefeitura até a posse do prefeito eleito na eleição suplementar. Desde janeiro deste ano, o município está sendo governado pela vereadora Dulce Menezes (MDB), tia de Adail Filho. Ou seja, ainda existe envolvimento familiar nos âmbitos da política coariense, e os eleitores terão que decidir pela essa quebra de vínculo ou continuar em manada.
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