Foto: JL Rosa

O inverno começa nesta quarta-feira (21) no Hemisfério Sul, e a estação deve sofrer influência do El Niño, fenômeno que promove o aquecimento das águas do Pacífico e determina mudanças nos padrões de transporte de umidade e, portanto, variações na distribuição das chuvas.

Por causa das mudanças climáticas, meteorologistas ouvidos pelo G1 avaliam que a expectativa em 2023 é que o fenômeno se configure em um Super El Niño, provocando o aquecimento das temperaturas em até 2,5ºC em alguns locais do mundo.

Em entrevista a Natuza Nery, o professor da USP e integrante do IPCC Paulo Artaxo explica como o episódio pode levar o Brasil e o mundo a enfrentar eventos climáticos ainda mais extremos.

“Nossas cidades têm de se preparar para um fluxo maior de chuvas no Sul do Brasil. Ações preventivas são muito importantes de serem tomadas para minimizar os danos socioeconômicos”, explica.

“O impacto socioeconômico pode ser grande e, na verdade, essa é uma das vulnerabilidades que o Brasil tem em relação às mudanças climáticas globais. Nossa economia é dependente demais de uma única atividade econômica que é o agronegócio…”

Fonte: G1