Iniciativa da FAS promove a cidadania por meio de cursos como informática, música, liderança jovem, educação ambiental, entre outros
As atividades de engajamento com crianças e adolescentes de comunidades ribeirinhas e bairros periféricos de municípios do interior do Amazonas, realizadas pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS), que completa 15 de atuação em 2023, contribuíram para a diminuição em 62% do uso de drogas e álcool entre a juventude amazônida, entre 2020 e 2022, nas áreas apoiadas pela organização.
A FAS atua por meio da realização de atividades nos eixos de Educação e Cidadania, com o objetivo de promover a proteção e garantia dos direitos das crianças e adolescentes, assim como o empoderamento desse público e o desenvolvimento de habilidades e potencialidades já existentes. Isso se dá por meio da oferta de cursos como informática, música, liderança jovem, educação ambiental e artesanato, por exemplo.
Além disso, também promove orientações de como enfrentar desafios como o consumo de álcool e drogas, menor acesso à educação de qualidade, gravidez na adolescência, violência doméstica, exclusão digital e cultural, e falta de oportunidades.
“Nós trabalhamos para desenvolver as habilidades dos jovens, o empoderamento deles por meio do conhecimento, do incentivo. Mas os benefícios vão além, pois as atividades se tornam um ganho para a comunidade em geral, porque envolve os pais, líderes comunitários e traz um conhecimento que, por vezes, fica distante da realidade vivida nestes locais”, explica a gerente do Programa de Educação para Sustentabilidade da FAS, Fabiana Cunha.
As atividades são realizadas por meio do Programa de Desenvolvimento Integral de Crianças e Adolescentes Ribeirinhas da Amazônia (Dicara) que atende o público de 0 a 17 anos em comunidades ribeirinhas e bairros periféricos de 9 municípios do interior do Amazonas.
O impacto das lições e saberes compartilhados no âmbito do programa da FAS é muito bem avaliado pelas comunidades beneficiadas, como relata o representante da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Anamã, Raimundo Araújo. “A gente sentiu que eles [jovens] criaram mais responsabilidade. Foram sabendo que drogas não se podia usar. Meninas de 16, 14 anos não podem engravidar. A FAS trouxe realmente um conhecimento muito bom para gente”, afirma.
“As atividades me trouxeram novos horizontes e me deram a possibilidade de ajudar mais pessoas. Considero que a FAS abre portas para o futuro porque o que aprendemos agora vai influenciar lá na frente, nos ajudando em nosso desenvolvimento pessoal e profissional, anulando dificuldades que poderíamos ter por não ter tais oportunidades”, declarou a estudante Ewelyn Pereira Peres, de 16 anos, que vive na cidade Eirunepé.