NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM.
Êxodo 20:1 a 6.
1 – ENTÃO falou Deus todas estas palavras, dizendo:
2 – Eu sou o SENHOR teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Êxodo 20:3
3 – Não terás outros deuses diante de mim.
4 – Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
5 – Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam.
6 – E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos.
Deus acabara de tirar o povo das terras do Egito, livrando-os da escravidão, e baixa um decreto: “Não terás outros deuses diante de mim”.
Inicialmente precisamos entender este decreto de Deus para o povo. Mesmo que fosse o povo de Deus, os hebreus não tinham a menor ideia do que isto pudesse representar. Eles começaram a povoar as terras do Egito através daquele episódio, muito conhecido, que envolveu a venda de José aos mercadores de escravos, pelos seus próprios irmãos, por causa da inveja.
José, quando já governador, num momento em que a seca destruía as terras e o Egito vivia uma grande fartura, providencia a vinda de seu pai e todos os seus irmãos para o Egito, dando início a grande expansão dos hebreus em terra egípcia.
Quando Faraó percebeu que os hebreus eram muitos, temendo o domínio deles sobre os egípcios, impôs uma escravidão cruel e desumana como todo e qualquer escravidão.
Deus, que havia feito uma aliança com Abraão, com Isaque e Jacó, vê o povo nesta penúria e providencia a libertação da escravatura, através de Moisés.
Agora, este mesmo Deus, dita a Moisés uma série de leis, normas e regras e dentre todas elas está: “NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM”.
Qual o porquê deste decreto?
Primeiro: Não é ciúme.
Não é uma manifestação descontrolada de ciúme. Deus ama a liberdade e sempre quer dá-la ao seu povo.
Segundo: Não é insegurança.
Também não é uma manifestação típica de insegurança. Deus é Deus sobre tudo e sobre todos.
Terceiro: Não é uma imposição.
Não é uma mera imposição, fruto de autoritarismo.
Qual era o projeto de Deus ?
Deus se coloca como provedor do povo e o deserto foi uma prova inconteste disto. De dia, uma coluna de fumaça protegia os caminhantes do calor causticante do sol. De noite, uma coluna de fogo aquecia o frio intenso do deserto. Se faltava comida, o maná chovia do céu e a água era só ir direto na rocha e tocá-la. Tem um fato curioso e extraordinário que é muito pouco mencionado: nem as roupas e nem os calçados se desgastaram durante os quarenta anos de marcha pelo deserto.
Jesus reedita esta proposta divina em Mateus 6.25 em diante:
25 – Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário?
26 – Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?
27 – E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?
28 – E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam;
29 – E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.
30 – Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?
31 – Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?
32 – (Porque todas estas coisas os gentios procuram). De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas;
33 – Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
Não terás outros deuses diante de mim. Onde este decreto se encaixa na nossa vida hoje? Para entendermos precisamos fazer uma reconstituição história.
Primeiro: Vivíamos na escravidão do pecado, assim como o povo hebreu vivia na escravidão do Egito.
Segundo: Lá, Deus providenciou um libertador: Moisés. Agora, Deus providencia outro libertador: Jesus.
Terceiro: O Egito é o nosso estado pecaminoso. O deserto é a nossa caminhada na fé e a terra prometida é o nosso reencontro eternal com Deus.
Quarto: Deus continua querendo ser o nosso provedor.
EDSON E LENIR DE JESUS São Pastores da IGREJA BATISTA BÍBLICA DE FLORES – Uma Igreja de Poder