O deputado estadual Ricardo Nicolau (PSD) cobrou do governo do Estado, nesta terça-feira, (22), ações de inteligência e mais investimentos em tecnologia para combater o crime organizado e reduzir os índices de criminalidade. O parlamentar defende o uso de câmeras com reconhecimento facial nos ônibus e nas ruas, interligadas a uma central com funcionamento 24 horas.
Ricardo Nicolau destacou a necessidade de atuação mais integrada das forças municipal, estadual e federal, além de criticar as medidas paliativas adotadas pelo governo estadual até o momento, como a colocação de placas nas ruas de Manaus com o símbolo das forças de segurança.
“O governo colocou placas para dar uma falsa sensação de segurança à população. Se, ao invés da placa no poste, houvesse uma câmera com reconhecimento facial ligado a um banco de dados que já existe no Tribunal Regional Eleitoral, na Polícia Rodoviária Federal, para identificar possíveis suspeitos, aí sim funcionaria”, afirma Ricardo Nicolau.
Além da violência, o governo do Amazonas falha na investigação, o que, na avaliação de Ricardo Nicolau, gera impunidade. “A nossa polícia científica tem uma estrutura totalmente deficitária, insuficiente. Por isso, não há elementos para basear um inquérito bem feito para que a justiça possa julgar”, ressalta.
Intervenção federal
A escalada da violência com o aumento de 54% índice de crimes violentos no Amazonas motivou o pedido de intervenção federal anunciado pelo parlamentar nesta semana. Os dados são da própria Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) enviados ao Monitor da Violência do portal de notícias G1.
Ricardo Nicolau afirmou que é inadmissível o Amazonas ser destaque negativo como o único estado do país a registrar aumento da violência. “É público e notório que o governo do Estado perdeu o controle da segurança. É uma triste notícia o Amazonas ser o ‘número um’ em violência”, disse.
O requerimento solicitando intervenção federal na segurança pública do Amazonas será apresentado pelo deputado no âmbito da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). Após aprovação em plenário, o documento será encaminhado à Presidência da República.
A partir do aceite do Palácio do Planalto, o primeiro passo é a vinda da Força Nacional, classificada como uma “tropa de pronta-resposta” e composta principalmente por militares estaduais.
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