foto: MDB/Divulgação

A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) foi candidata a vice-presidente da República na chapa encabeçada pela senadora Simone Tebet (MDB-MS), que ficou em terceiro lugar nas eleições. Fechadas as urnas do primeiro turno, Tebet anunciou seu apoio ao ex-presidente Lula (PT). Mara, por sua vez, disse que não se engajaria em nenhuma das duas campanhas e que votaria em branco.

A senadora tucana explicou sua opção. Segundo ela, apoiar a candidatura petista seria, para dizer o mínimo, uma contradição. “Não posso apoiar o Lula, ele dilacerou o Brasil”, ressaltou.

Mara Gabrilli  se refere aos vários escândalos de corrupção envolvendo o ex-presidente e os governos do PT. Mais que isso, ela tem um motivo pessoal para se manter afastada da campanha do ex-presidente.

A senadora afirma que votar em Lula seria trair a memória de seu pai, o empresário Luiz Alberto Gabrilli, que, por anos, foi  extorquido durante a gestão do então prefeito de Santo André Celso Daniel (PT), no início da década de 2000. O prefeito, assassinado em 2002, era coordenador da campanha de Lula à Presidência em 2002.

O assassinato do prefeito, aliás, acabou ressurgindo durante a campanha eleitoral no primeiro turno. Em um dos debates, o presidente Jair Bolsonaro fez referência ao caso em uma pergunta dirigida a Simone Tebet. A emedebista preferiu não entrar na polêmica, indicando que o questionamento deveria ser encaminhado ao candidato do PT.

Logo depois do primeiro turno,  Mara Gabrilli foi convidada para um encontro no diretório do PMDB em São Paulo, com a presença de políticos dos partidos que apoiam Lula. Foi quando ouviu o pedido — recusado — para que declarasse apoio ao petista.

Com informações do VEJA*