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Na última terça-feira (16), um episódio chocante veio à tona no Rio de Janeiro, quando uma mulher foi flagrada tentando obter um empréstimo em nome de um idoso morto. O caso, que inicialmente levou a crer que a mulher era sobrinha do homem, na verdade revelou-se ser uma relação de primos.

O vídeo registrado por uma funcionária do banco mostra o cadáver do idoso, identificado como Paulo Roberto Braga, posicionado em uma cadeira de rodas, com a cabeça sustentada pela mão da mulher, Érika de Souza Vieira. Apesar de Érika se referir ao homem como “Tio Paulo”, o delegado Fábio Souza, titular da 34ª DP (Bangu), esclareceu que ela é prima dele.

Segundo o delegado, Érika se apresentava como sobrinha devido a uma particularidade na árvore genealógica da família. “Ela se diz sobrinha porque fala que a avó da mãe dela registrou a mãe como filha, então ela seria, de fato, sobrinha. Mas os documentos indicam que ela é prima”, explicou Souza. O delegado também destacou que Érika era responsável pelos cuidados de Paulo e não foi possível localizar parentes próximos do idoso em suas investigações.

Érika de Souza Vieira está enfrentando acusações graves. O delegado informou que ela responderá por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver. A Polícia Civil está aguardando os resultados dos exames para determinar a causa da morte de Paulo Roberto Braga. Caso seja constatado que a morte não foi natural, será aberta uma investigação para homicídio.

Na manhã desta quarta-feira (17), a Polícia Civil divulgou que exames realizados no corpo do idoso indicaram que ele estava morto havia pelo menos duas horas quando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) chegou à agência bancária.

Enquanto isso, a advogada da família, Ana Carla de Souza Correa, defendeu Érika, alegando que os acontecimentos não ocorreram como narrados pela polícia. Ana Carla afirmou que Paulo chegou ao banco ainda vivo e que Érika está abalada e sob medicação.

O delegado Fábio Souza destacou que, apesar das declarações da defesa, Érika não demonstrou arrependimento durante os depoimentos. “Ela sempre falando que ele estava vivo, que sempre cuidou dele, mas ela não demonstrou em nenhum momento a tristeza de quem perde alguém querido”, concluiu o delegado.

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