O motorista de aplicativo Celso Araújo Sampaio de Novais, de 41 anos, foi baleado nas costas durante um tiroteio no aeroporto de Guarulhos na sexta-feira (8). Ele chegou a gravar um vídeo dentro da ambulância, enviado à esposa para relatar o ocorrido, mas infelizmente faleceu no sábado (9). Segundo Simone Fernandes de Novais, esposa de Celso, ele aguardava passageiros em uma fila de motoristas de aplicativos quando tiros foram disparados no local.
Celso foi levado ao Hospital Geral de Guarulhos, onde passou por cirurgias, mas não resistiu aos ferimentos, que incluíam a perda de um rim e parte do fígado.
O ataque também feriu outras pessoas que não estavam relacionadas ao alvo principal, o empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach. Funcionário terceirizado do aeroporto, Willian Sousa Santos, de 39 anos, foi ferido na mão e ombro, mas recebeu alta no sábado, enquanto Samara Lima de Oliveira, de 28 anos, sofreu uma lesão superficial no abdômen e foi liberada do hospital na sexta-feira. Segundo relatos de familiares, Celso era um pai dedicado e trabalhava como motorista de aplicativo há mais de dez anos, mantendo uma jornada diária de até 15 horas para sustentar sua família.
Simone conta que, antes do tiroteio, Celso havia ligado para animar o filho de 13 anos, que estava triste após a fuga do cachorro da família. Em seguida, ele mandou uma mensagem avisando que tinha sido baleado, mas sua esposa só conseguiu saber mais detalhes por meio de um amigo dele que estava presente. Celso deixa três filhos e será lembrado como um homem trabalhador e dedicado à família, que gostava de aproveitar o tempo livre em casa, cozinhando e assistindo a filmes com seus filhos.
A morte de Celso ocorreu em meio ao ataque planejado contra o empresário Gritzbach, que retornava de uma viagem de Maceió e levava cerca de R$ 1 milhão em joias. O empresário foi assassinado ao desembarcar por dois homens encapuzados com fuzis, enquanto os seguranças contratados para sua escolta estavam supostamente resolvendo uma falha mecânica em um dos veículos da equipe. A polícia investiga o caso, apurando a possibilidade de envolvimento do PCC e de outras motivações, como queima de arquivo, devido ao acordo de delação premiada que Gritzbach firmara anteriormente, implicando agentes públicos em casos de corrupção.
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