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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu não atender ao pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro e determinou que a Polícia Federal pode manter a data do depoimento, marcado para quinta-feira (22). A defesa de Bolsonaro havia solicitado o adiamento, alegando que o depoimento faz parte de uma investigação sobre tentativa de golpe de Estado, na qual a PF alega que Bolsonaro e aliados teriam se organizado para não cumprir o resultado das eleições e mantê-lo no poder.

Os advogados do ex-presidente afirmaram que Bolsonaro tem interesse em cooperar com a investigação e provar sua inocência, mas no momento buscam preservar o direito à ampla defesa. Eles argumentam que a decisão que autorizou a operação há duas semanas continha trechos de supostas conversas presentes nos celulares apreendidos, aos quais a defesa não teve acesso até o momento.

Entretanto, Moraes discordou dos argumentos da defesa de Bolsonaro, afirmando que esta já teve total acesso ao material das investigações. Em sua decisão, o ministro informou à Polícia Federal que não há impeditivo para a manutenção da data do interrogatório, uma vez que os advogados do investigado tiveram acesso integral aos autos.

“Informe-se a Polícia Federal que inexiste qualquer óbice para a manutenção da data agendada para o interrogatório uma vez que aos advogados do investigado foi deferido integral acesso aos autos”, escreveu o ministro.

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