O primeiro turno das eleições municipais, realizado no último domingo (6/10), foi marcado por um expressivo registro de 3.089 crimes eleitorais em todo o Brasil. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (11/10) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e são parte do balanço da Operação Eleições 2024, que envolveu uma ampla colaboração entre diversas forças de segurança.
A operação contou com a participação da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Força Nacional e das secretarias de segurança pública dos estados, demonstrando a mobilização do governo para garantir a lisura do pleito.
Principais Ocorrências
Entre os crimes eleitorais registrados, as principais ocorrências foram:
- Boca de urna: 1.170 casos
- Compra de votos/corrupção eleitoral: 498
- Propaganda eleitoral irregular: 384
- Violação ou tentativa de violação do sigilo de voto: 269
- Desobediência a ordens da Justiça Eleitoral: 83
Esses números evidenciam não apenas a gravidade da situação, mas também a necessidade de vigilância contínua durante o processo eleitoral. A prática de boca de urna e a compra de votos são, sem dúvida, as infrações mais recorrentes, indicando uma cultura de impunidade em alguns segmentos.
Durante o dia da votação, as forças de segurança efetuaram 536 prisões relacionadas a crimes eleitorais, das quais 23 eram de candidatos. A atuação rápida das autoridades foi fundamental para coibir ações ilegais e garantir que o pleito transcorresse com a menor quantidade possível de irregularidades.
Além das prisões, a operação também resultou em significativas apreensões financeiras e materiais. Foram retidos R$ 638 mil em espécie e 53 veículos que estavam realizando o transporte irregular de eleitores. Essas apreensões são um reflexo da determinação das autoridades em combater práticas ilegais que possam influenciar o resultado das eleições.
O total de crimes eleitorais registrados desde o início da campanha, em 17 de agosto até o dia da votação, soma 4.556 ocorrências, com 576 prisões realizadas e R$ 22 milhões apreendidos.
AMPOST