A polícia de Milão anunciou a prisão de dois jovens suspeitos de terem cometido agressões sexuais durante a virada do ano na cidade, informou a Procuradoria local nesta quarta-feira (12/1).
“Os dois cometeram pesadas violências sexuais quase completas, acompanhadas por roubo de celulares e bolsas”, diz a decisão judicial contra os dois rapazes de 18 e 21 anos, sendo um detido em Milão e outro em Turim. Ambos são italianos e apresentavam “um consistente e concreto perigo de fuga”.
A operação veio na sequência de uma outra ação policial na terça-feira (11/1), quando 18 rapazes foram alvos de busca e apreensão nas duas cidades.
Ainda conforme os policiais, os dois não foram encontrados pelos agentes na terça e tinham “contatos no exterior” com uma “rede de relações úteis” para tirá-los do país.
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A determinação da prisão de ambos ocorreu porque foram encontradas roupas nas residências idênticas às usadas durante os crimes e foram localizados “materiais digitais” sobre o tema.
As autoridades conseguiram recriar as ações dos grupos – não se sabe se são interligados ou independentes – e determinaram que foi usada uma “técnica bem precisa” para cometer as agressões contra as nove vítimas. Dois deles abordavam uma jovem aleatória no meio da praça e os demais apareciam logo depois fazendo uma espécie de cercado humano para esconder o que ocorria no centro da roda.
O caso ocorrido no Réveillon na Praça do Domo e nas ruas próximas virou alvo de investigação após imagens serem divulgadas nas redes sociais e duas alemãs prestarem denúncia formal sobre o ocorrido em Milão.
A partir disso, a polícia e o Ministério Público da cidade começaram a requisitar e a analisar as imagens das câmeras de segurança pública e de diversos estabelecimentos para tentar identificar se havia mais vítimas e quem eram os autores dos crimes. Ao todo, nove mulheres foram alvo das ações feitas pelas gangues.