A menina indígena de 12 anos que estava internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em Belo Horizonte, com raiva humana desde 13 de abril, morreu na sexta-feira (29/4). As informações foram divulgadas pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Foi a terceira morte pela doença no estado.
Segundo a SES-MG, há ainda um quarto caso em investigação, que foi notificado no dia 21 de abril. Esses dois casos são da região de Bertópolis, interior de Minas.
A raiva humana é transmitida por mordida, lambida ou arranhão de animais infectados, como cães e morcegos. Minas não registrava morte por raiva humana desde 2012. O último caso tinha acontecido em Rio Casca, na Zona da Mata.
O primeiro caso de morte deste ano foi registrado em 4 de abril. A vítima foi um menino indígena de 12 anos, mordido por um morcego. Há 10 dias, ele procurou uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no município de Teófilo Otoni, e tinha sintomas de confusão mental, febre, dores pelo corpo e vômitos.
No dia seguinte, a jovem, da mesma aldeia, também de 12 anos, também buscou atendimento e foi internada. Na última semana, devido a uma piora no quadro, foi transferida para uma UTI e acabou não resistindo.
Houve ainda um terceiro caso, em que a suspeita veio após a morte. O menino tinha 5 anos e não apresentava sinais de arranhões ou mordidas. Mesmo assim, a SES-MG investigou a morte por ser um caso em localidade próxima.
Por Artur Lesnau / Metrópoles