A primeira temorada da série documental “Todos os cantos”, que acompanha a turnê da cantora Marília Mendonça está no ar no Globoplay. O norte é mostrar os bastidores do projeto da rainha do feminejo no país. Em “Todos os cantos”, ela chega de surpresa em uma cidade, anuncia no dia e se apresenta de graça. Essa é a graça: o encontro de Marília com seus fãs. O doc tem uma segunda temporada, que foi finalizada em outubro e ainda não está no ar. Nela, a cantora, já grávida, demonstra vontade de diminuir o ritmo frenético dos shows, conta que está fazendo terapia.
“O acidente aconteceu pouco antes de ela fazer o que queria”, conta Alessandro Rossi, programador do Circo Voador e roteirista do projeto.
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Rossi não pertence ao mundo do sertanejo, mas conta que o contato próximo que teve com ela e a equipe da turnê mostrou que Marília “era muito maior que um gênero”. Mais que isso. Segundo ele, ela se mostrava progressista dentro do contexto musical conservador do sertanejo:
“Ela fazia o que queria, do jeito que queria. Apesar de jovem, era muito firme. Uma representante genuína de uma geração e tinha uma influência tremenda. Claramente era Lula Livre, por exemplo, mas não comentava muito essa preferência. A sensação que eu tinha era de que ela era uma agente infiltrada. Os fãs dela não eram só fãs, eles se sentima representados por ela”.
Na época em que a série documental foi gravada, em 2019, Marília tinha 23 anos.