Manifestantes se reúnem nos arredores da Candelária, no Centro do Rio, em ato contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na manhã do ultimo sábado. As manifestações foram convocadas por centrais sindicais, partidos de esquerda e uniões estudantis. Além de pedirem o impeachment, os manifestantes protestam contra o desemprego, o desmatamento, as quase 600 mil mortes na pandemia, as privatizações das estatais federais, e a alta da inflação, em especial de alimentos, do combustível e da energia elétrica. A maioria usava máscara contra a Covid-19. Há protestos contra o governo em cidades espalhadas por todo o País. A maior parte das manifestações está marcada para ocorrer pela manhã. Atos foram registrados ainda em Salvador, João Pessoa, Fortaleza, Goiânia, Teresina, São Luís e em cidades do interior.
O protesto, que se iniciou por volta de 10h, tem a participação de partidos políticos de esquerda, como PT, PDT, PSB, PSOL, PCdoB, PSTU, PCO e UP, além de dezenas de movimentos sindicais e populares, que se organizam ao redor de um carro de som.
Cecília Maria Nascimento, de 74 anos, veio de Niterói para participar do ato. “O Bolsonaro está acabando com o Brasil. Sou a favor da universidade pública e contra a reforma administrativa. São tantas as razões de estar aqui que a gente nem sabe por onde começar: roubalheira, privatizacões, inflação alta. O povo não aguenta mais”, disse a idosa.
Apos caminhada até a Cinelândia e carregando bandeiras e cartazes de diferentes pautas, os manifestantes pararam em frente a Câmara dos Vereadores e ao Teatro Municipal, entoando gritos de “Fora Bolsonaro” e “Fora genocida”.
De um lado do protesto, militantes do PDT balançavam bandeiras e estendiam cartazes com o rosto do pré-candidato à presidência Ciro Gomes. Do outro, manifestantes com as cores do PT, junto à maioria dos movimentos sociais, vestiam camisas com o rosto do ex-presidente Lula.
Apesar das divergências, não houve conflitos e os grupos se encontraram inúmeras vezes. Para a pedagoga Claudia Paiva, no momento, os dois lados devem se unir, uma vez que defendem a mesma causa.
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